29.10.04

Estamos perdidos. Como raça, como gente. Os comboios nao andam e na calada da noite os chacais regressam. Na carruagem, espremidos como porcos, os nacos de carne riem, gargalham, miseria da alma que se nutre deste nojo de poder ouvir. É deles a noite da ciência, a tarde outonal da minha esperança vulcanica. Tenho que te escrever isto. Marcha de novo a morte da luz com passos ousados. Ninguem por tal da. Ninguem tal atinge. Cantando e rindo, no vagao dos suinos, acolhem a anestesia entre as pernas horriveis, entre bocas hirsutas. O tempo do medo aí está, e somos menos que poucos. A eles.

Sem comentários: