24.8.13

entre noites de natal fodidas tropeçamos 
de mãos, amiga dadas como abraços 
a medo para fingir cobardia, 
uma dor mais forte 
e involuntariamente sincera que arde 
a quatro olhos deve ser isso mesmo 
a coincidência que é preciso negar o vinho, 
a força natural das flores que falecem 
em data certa o teu espectro no outro lado 
da cama, o pão com dois dias, uma ode 
aos suicidas que escolheram o método mais longo.