14.10.11

When should one consider to exercise one's option to prod along through life wearing nothing but balls of steel? Driving a car, making love to that special woman, or holding a bountiful dose of liquor, all those require, or should, that a person remembers to carry them out properly clad in steel attire, crotchwise. Being a father must be done with iron cojones, pretty much the same way as choosing a mother for your child, which ought never to be done just because you're alone or afraid. But later in life, going through the pain of separation, if or when one gets a chance of picking between doing what seems the greater, rightful thing and just doing what the fuck is best according to one's own heart (leaving the brain to ponder about serious shit like red wine and religion, or the missing link between both) maybe one should opt out and waive the chance of roaming the land feeling, once more, invulnerable, crotchwise. And instead of sacrificing oneself for the supposedly noble outcome and for the virtue of hope, maybe, just maybe, one should hawk like a sailor, smell the fresh, though untimely, spring air in October, and shit from above on all that matters, crotchwise or across one's ribcage, and for a single moment, just that once, believe like everyone ought to believe, that steel balls are great to have when small matters are concerned, but that when the bigger beasts come lurking on your doorstep, as they always find a way of doing that at precisely the least expected moment and along the path of most severe consequences, well, in those moments, the best thing to have done would be, for sure, to let the world of small people fuck itself and on their head be it.

14.3.11



José Sócrates representa o pior que há em Portugal: o chico-espertismo, a sobranceria alarve de - nada sabendo - presumir-se qualificado e como tal digno de ocupar qualquer cargo público ou privado, e, last but not least, aquela forma de estar rançosa que se revela ao quebrar o verniz da falsa sofisticação. A tal coisa que não sai com sabão, perfumes caros ou fatos de corte impecável.

Sócrates está onde está porque há todo um povo, não nos enganemos, que não presta. E para esses, bem como para ele, estou-me eu nas tintas e desejaria que tivessem caído na real o mais longe possível de mim.

Contudo, mesmo num pântano insalubre rodeado de idiots-savants por cuja mão o país há-de vir a cair em definitivo e sem poder levantar-se, enough is enough.

Que se foda este mentiroso de uma vez por todas.

1.3.11

Já descobri o problema da geração parva: é parva. São parvos, em número praticamente integral, mas vivem tão cheios daquilo que julgam saber e dos mimos gerados, em casa, pelos complexos de culpa dos paizinhos, que nem ao espelho se enxergam.

Um diz "somos a geração com maior autonomia moral". Importa-se de repetir? Porquê? Está a querer dizer que não andaram a matar pretos, nem a delapidar o erário público (ainda) e que por isso são ungidos de uma qualquer poção salvífica?

Outro, que é "dramaturgo", não consegue sequer levar a bom porto o exercício, banal em qualquer sociedade, de abdicar da arrogância pesporrenta com que interrompe a sua interlocutora de forma sistemática, com o propósito claro de agitar, fugindo para a frente, a cavalo de sound bite em sound bite. A fatia da audiência que ainda vem de cueiros aplaude e auxilia a feitura da festa.

Pois é, meus queridos, o vosso problema são esses egos inchados, sobranceiros, carentes de terem levado uns bons pares de estalos em tempo útil. Não é a falta de emprego, ou de trabalho, nem muito menos a insuficiência de novas vagas para licenciados em "engenharia da linguagem e do conhecimento no contexto profiláctico das rendas de bilros". É mesmo a parvoíce pueril, imatura, alimentada a pão-de-ló pelas alminhas que vos fizeram e criaram.