31.1.07

Advogado: 50€/30 min
Dentista: 60€/h
Mecânico: 35€/h
Electricista: 30€/h
Pedreiro: 25€/h
Ladrilhador: 25€/h

Explicador:8-15€/h

Lava-escadas:8€/h (deveria ter escrito "técnico de higiene de espaços colectivos")

Já não há alunos em alguns cursos do ensino superior, o que quer dizer que brevemente deixará de haver um número proporcional de professores. Por outro lado, o sistema de ensino está feito para fomentar o autismo, e como boa parte dos actuais professores saíu do sistema tal como ele se encontra, grassa o erro, a falta de rigor e claro o autismo.

A taxa de retenção e desistência no 12.º ano subiu quase 20 por cento entre 1994 e 2004, passando de 29,6 por cento para 49,4 por cento. A introdução dos exames nacionais obrigatórios para conclusão do Secundário e ingresso no Superior, em 1996, fez disparar o número de chumbos no 12.º. No mesmo período de tempo, apenas no 1.º Ciclo se registou uma quebra na taxa de retenção ou desistência.

O professor de apoio ao ensino ("explicador") é assim estrutural para colmatar os buracos deixados pelas azelhices da srª Ministra, e para garantir a constância do tacho aos srs. catedráticos.

Dignifique-se.
A resposta do Humberto é um trem de cozinha...


O secretário de Estado do Ambiente Humberto Rosa admitiu hoje criar uma nova comissão de alterações climáticas, envolvendo membros da sociedade civil e responsáveis da indústria.

Humberto Rosa falava na abertura da conferência inaugural do projecto Fórum Português Pós-Quioto e acrescentou que uma comissão deste género poderia aproveitar sinergias com o fórum para avaliar a problemática da redução dos gases com efeito de estufa, a partir de 2012, quando termina o actual Protocolo.

O governante afirmou que esta comissão iria contar com membros exteriores à administração pública, como responsáveis da indústria e membros da sociedade civil, devendo a proposta ser apresentada numa das próximas reuniões da Comissão para as Alterações Climáticas (CAC).

A CAC, criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/98, é a autoridade nacional designada para os mecanismos de flexibilidade do Protocolo de Quioto (comércio de licenças de emissão, implementação conjunta e mecanismo de dese
nvolvimento limpo).
Árstíðir dauðans

Verður sumar,
verður haust,
verður vetur,
verður vor?
Verður rigning,
verður rok,
verður sólskin,
verður snjór?
Verður dagur,
verður nótt,
verður morgun,
verður kvöld?
Verð ég ungur,
verð ég gamall?
Munuð þið syrgja mig og gráta
þegar ég dey?
Eða verðið þið þá þegar dauð?

-Guðmundur Óli Pálmason
Ouço habitualmente uma estação de rádio cá da praça entre as 08:15 e as 08: 45, à medida que conduzo. Produz-me um efeito consideravelmente hilariante, em particular a audição dos boletins relativos à abertura da Bolsa de Valores - mas não só, também reconheço o valor, equiparado a três inalações profundas de óxido nitroso, dos informativos horários que abrem com notícias da pseudo-bola ou com a última alarvidade do cacique do Funchal.
No tocante à Bolsa sou levado ao limiar da convulsão quando dia após dia os deslumbrados comentadores, fresquinhos e ainda verdes com apenas 5 ou 10 anos com a canga corporativa azul-escura à volta da traqueia, ululam histéricos a celebração de "mais um dia em que o PSI20 abre forte em terreno positivo, a ganhar 0.02% [sic, sic, sic]" e daí rebolam desfiladeiro abaixo, em exercícios de onanismo analítico capazes de reduzir um qualquer ibn Sabbah à sua expressão mais simples.
Contudo, esta manhã o absurdo conheceu (no sentido bíblico do termo) caminhos onde nunca anteriormente nenhum homem havia ousado ir... o comentador de serviço declarou, pomposamente, no preciso instante em que o meu carro parava num semáforo, "que as bolsas europeias estão em terreno negativo, exceptuando o PSI20 que se aguenta, e só está a perder -0.02%"...
Como diz? :)
Eu repito, ok, ok, ok, eu repito.
Se ganha 0.02%, está forte, pujante, robusto, um ícone de solidez, o próprio avatar da prosperidade, sem dúvida impulsionado pela troca de papéis da Indústria de Torradeiras de Mafra ou outra luminária que tal; se em simetria perde 0.02% não se pode perder o sturm und drang histérico, faça-se o acto de uniformização, está neutro, aguenta-se, já não perde como os outros.
Provincianismo, ilusão e perigo, muito perigo.

30.1.07

Imaginemos que preciso de um dentista. Por acaso tenho um elemento no meu agregado familiar (estendido...) com ADSE, o que já não é mau. Ligo para a Clínica de Stº António, porque no SNS só para Junho ou Julho. Por acaso uso o Skype para fazer a chamada, o que já não é mau. Toca durante 38 minutos. Informam-me que devia ter ligado ontem, que era a última segunda-feira do mês - mas eu liguei... ou melhor tentei... depois tive que ir trabalhar, explico. Ah, mas agora já está tudo marcado para Fevereiro, só mesmo na última segunda-feira de Fevereiro (se calhar como é Carnaval devem dizer-me, no próprio dia, que devia ter ligado na sexta-feira anterior, querem os leitores apostar?) e se calhar só indo lá pessoalmente!, porque fica logo tudo cheio na primeira hora... o que já não é mau.

É de um país onde há eleições (e votantes!) todos os anos ter um SNS que não cumpre a provisão mais básica dos eleitores-contribuintes, e uma matilha de privados com este comportamento?

O primeiro que me vier dizer que alguma coisa está a mudar e que é preciso esforço, mando-o logo bardamerda consultar os inexistentes relatórios e contas da AR.

29.1.07

Ministro da Saúde "orgulhoso" por não abrir inquérito ao caso de Odemira
19.01.2007 - 12h42 Lusa

O ministro da Saúde afirmou-se "orgulhoso" da sua decisão de não instaurar um inquérito ao acidente em Odemira e reiterou a confiança no atendimento prestado pelos serviços de socorro.

...

Confrontado com as críticas (de ontem) dos deputados da Comissão de Saúde à sua actuação após o acidente em Odemira, o ministro disse que se recusou a abrir um inquérito porque "isso mais não seria do que encanar a perna à rã".

"Estou convencido, com base nas informações que me foram prestadas pelos serviços envolvidos na operação de socorro, apoiadas em pareceres de especialistas na área, de que foram tomadas as medidas mais adequadas", disse.

Aos profissionais presentes na cerimónia, António Correia de Campos garantiu o seu apoio: "Contem comigo para vos defender, mas não para utilizações demagógicas de temas como este".

No passado dia 8, um homem sofreu ferimentos graves devido a um acidente rodoviário na zona de Odemira, no distrito de Beja, e só deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, quase sete horas após terem sido accionados os primeiros meios de socorro. A vítima faleceu quatro dias depois no mesmo estabelecimento hospitalar.


(ouvido na rua)

Um destes dias em Stª Maria os laranjas tinham 7h30 de tempo previsto de espera.



Bombeiros vão pedir inquérito sobre incêndio em Cascais
29.01.2007 - 14h42 Lusa

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais vai pedir ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) que realize um inquérito sobre o incêndio que ontem vitimou duas pessoas na Freguesia de São Domingos de Rana, no concelho de Cascais.

...

Questionado sobre uma eventual incompatibilidade entre as mangueiras dos bombeiros e equipamentos como as bocas-de-incêndio, Fernando Curto disse ser uma situação que se verifica não só em Cascais, mas também noutros municípios.

O responsável afirmou que muitas vezes, quando os Serviços Municipalizados alteram os ramais de água, os bombeiros não são consultados para emitir um parecer sobre a compatibilidade dos equipamentos municipais com o socorro a incêndios.

"Queremos que o SNBPC se obrigue a fazer um inquérito a tudo isso", disse Fernando Curto, acrescentando que normalmente os bombeiros acabam por fazer adaptações quando os sistemas não são compatíveis.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais defendeu também que além do equipamento e dos autotanques se deslocarem com água para os locais de incêndio é necessária pressão na rede pública para reabastecimento das viaturas, o que por vezes não existe. "Por vezes a pressão da rede de água municipal é tão fraca que temos dificuldade em abastecer as viaturas e fazer chegar a água a um segundo ou terceiro andar", afirmou, exemplificando que em Lisboa, muitas vezes, o Regimento de Sapadores Bombeiros pede à EPAL para aumentar a pressão durante o combate a um fogo.

"Os bombeiros levam água para um incêndio, como levaram neste caso, mas não dá para muito e têm obrigatoriamente de fazer uma ligação à rede. Tem de haver um circuito assegurado", explicou. De acordo com Fernando Curto, o SNBPC já tem equipas constituídas para fazer essa análise.

"Isto é o meu dia-a-dia, há muitos casos que não chegam à comunicação social. É preciso aprofundar isto porque os bombeiros estão sempre a levar tareia", desabafou Fernando Curto, em reacção às críticas sobre a actuação dos bombeiros.

O incêndio deflagrou às 16h00 de ontem num rés-do-chão do Bairro 25 de Abril, na localidade de Abóbada, e provocou a morte a duas mulheres.



QUEM É QUE PAGA ISTO?


(a censura praticada em nome de um conjunto de ideologias pró-anestésicas não deixa ler bem o título do álbum. Chama-se "Kill Fuck Die")
Ainda sobre a Flexigurança.

"O descontentamento com os serviços e protecção do Estado e a desconfiança e incompreensão dos seus fins leva a que a maioria dos portugueses tenda a fugir às regras e procure beneficiar do sistema o máximo com o mínimo custo possível."

É assim, causa-consequência, e não ao contrário.

A atmosfera em S. Beto (perdão, Bento) cada vez está mais rarefeita. A Aqua di Gió cede lugar às pastilhas de fuga à realidade.

Nem sei porque é que me lembrei disto.
As deslocações ao estrangeiro dos dez deputados mais viajados, ao serviço da Assembleia da República, implicaram em 2006 uma despesa total de quase 291 mil euros em transporte e alojamento, um acréscimo de 35 por cento face aos cerca de 215 mil euros despendidos em 2005. No pódio dos parlamentares mais viajados surgem três rostos bem conhecidos: José Luís Arnault e Mendes Bota, ambos do PSD, e José Lello, do PS, que em conjunto realizaram 43 viagens.

Afirma-se isto no Correio da Manhã de hoje. Não seria então mais pertinente referendar a classe política, cujos gastos em brincadeiras e pocket money dariam para permitir a todas as grávidas involuntárias parir em paz e em condições assegurando a subsequente inserção social do nascituro?

Em Espanha a queda de neve desceu de intensidade, contudo, fortes ventos e chuva na Andaluzia, Extremadura e Castela-la-Mancha levaram ao encerramento de várias estradas. O temporal levou o navio-frigorífico ‘Sierra Nava’ a encalhar a 20 metros da costa de Algeciras. Nas Canárias, chuva e vento provocaram o caos. Na localidade de El Hierro, a enxurrada destruiu estradas e casas. No resto da Europa, o mau tempo melhorou de forma significativa nas últimas horas, tendo sido reabertas várias auto-estradas da Alemanha, Polónia e República Checa.


Se puserem um economista a comentar este trecho, ele dirá "ah, não há razão para alarme, é tudo cíclico e no passado também houve situações anormais, são normais". Quando mais tarde a coisa der o grande estalo, se questionado acerca desse comentário, safar-se-à (e digo-o com realismo, porque a maralha curte é respostas à economista) afirmando ter-se tratado sem dúvida de um acontecimento fora das previsões, portanto irrepetível... até dar outro grande estalo.

O Governo está a negociar com a Associação Nacional de Municípios a introdução de portagens à entrada das principais cidades para dissuadir o uso do automóvel e reduzir as emissões de CO2, avança hoje a edição do “Jornal de Negócios".

...

Embora Lisboa e Porto sejam as cidades mais castigadas em relação à qualidade do ar, a medida pode estender-se a outras cidades do país, admite o governante.

Humberto Rosa dá os exemplos de Londres e de Estocolmo, que limitaram, com sucesso, o acesso de veículos ao centro das cidades.



O que o Humberto não diz, ou não sabe, é que em Portugal a rede viária e serviços de transportes públicos conexos é das piores da Europa, tanto em qualidade como em distribuição. E que os transportes vão ficar na mesma, de certeza, tal como a CRIL, um projecto com 25 anos, está há 8 por concluir, e tal como não surgiram quaisquer complementos para minorar os riscos oriundos do fecho das maternidades por todo o país. Tal como não vão brotar, como que por sortilégio, melhores condições na saúde depois deste ou de qualquer outro referendo. Porque primeiro faz-se o gosto à agenda (as "mulheres" votam, os nascituros não) e depois... depois foi tudo culpa do governo anterior.

27.1.07



Este blog vota não, não e não.

Do laxismo gelatinoso, ou não voltes, Guterres

Tive o azar de ter que ir comprar uma prenda a correr para um puto.

Continente da Amadora. Parque coberto, completo. Parque exterior, completo.

Jumbo de Alfragide. Parque interior, em obras há 7 meses. Parque exterior, inacessível (não falo Sumério e os trabalhadores brasileiros deviam ter ido todos almoçar ao mesmo tempo).

Restantes superfícies, too far away. Comércio tradicional, fechado ou situado em enclave de acesso impossível para os não-habilitados a conduzir patins em linha.

O dinheiro em Portugal, claramente, não chega para tudo. Mas chega para o essencial, se houver discernimento, intelecto e tomates para o perceber. O que não chega é a pachorra para tanto gnu a marchar às cegas na fímbria do consumismo.

Dos pintas em manada

Decathlon, Sábado, impossível entrar, impossível sair, muito, muito pintas a mirar skis, halteres, e botas de caça. No país com maior percentagem de iletrados, obesos, e bêbados da Europa. Imensos putos com brinquedos caros e roupa de marca a aprender a fazer merda uns com os outros enquanto os pais exercem o seu direito (inalienável) à lassidão.

Do nojo e prazeres despiciendos

As pessoas entendem que fumar rolinhos de polónio temperados com papel, nicotina, alcatrão e algum tabaco, pagando por cada um quase meio euro e uns meses de pseudo-vida, é um direito superveniente inalienável, quiçá ao nível, perdoem-me mais um arremesso de socioclastia, do aborto ou da paneleiragem exibicionista. Não concordo. É uma estupidez, um abuso e um nojo.

Da milícia latente

Contentor de entulho colocado a um sábado, pela manhãzinha, a rentes milímetros do carro de um amigo, em plena Lisboa, num bairro onde os residentes são multados por deixarem o carro em segunda fila para desembarcar os filhos, enquanto escolas de condução, stands de vendas, obras, cafés, mercearias, e a Seita da Quinta Nau de Hammurabi efectuam cargas, descargas e lavagens à hora que bem entendem, sem qualquer admoestação ou aviso.

Do Sexto Império

Lido em placa: horário, segunda a sexta 10-13 e 14-18, sábados 10-13.

Neste sábado dirigi-me lá. Esclarece-me um vigilante de colete verde-beatle-on-acid que há sábados em que "eles" não aparecem. Mesmo que isso signifique fazer as pessoas deslocarem-se até lá para ficarem a contemplar os intrincados motivos fractais daquelas redes de alumínio.

Talvez noutro dia, noutro país, seguramente.

Do nivelamento por baixo

Dizia uma miúda, "o Xxxx é o melhor aluno da turma, faz as contas todas de cabeça em 10 segundos".

Responde um pai qualquer: "bom, o que importa é fazer bem, não é depressa!" ao que a petizeta, ágil como um gebo faminto, tout d'abbord retorquiu, "pois, ele faz depressa e bem!"

E sai-se o outro gajo: "ah, isso é impossível, isso não há ninguém, ninguém pode fazer isso."

Bottomline, o que A, B ou C nunca viram fazer, é impossível. Tem sido assim desde 1974.

Das cabras hedonistas

Ouvido na SIC:

"Eu tive filhos, mas eses foram desejados, quando não se deseja um filho ele não é um filho, não existe, não é nada."

Portanto fiquei informado sobre este facto científico de real cutting edge: o ser humano faz o colapso da função de onda de Schrodinger: transforma a realidade objectiva naquilo que bem entender. Quando é desejado, é verde. Senão é roxo, mesmo que seja verde apesar da puta da subjectividade, ou da subjectividade da puta.

Do subdesenvolvimento, ou a passividade dos mansos

Sexta-feira, quero ir ver a minha namorada. Como esta se encontra no Parque das Nações - esse cúmulo de novo-riquismo feito para inglês ver ad aeternum - não posso ir de carro. Não há lugares, iria poluir o sagrado ambiente (embora os autocarros o poluam substancialmente mais) e não tenho meios para pagar a exorbitância solicitada por duas horas de parqueamento pago.

Vou até à estação da CP de Benfica e deixo ali o carro.

Informa-me um dos ianomâmis locais que comboios directos para o Oriente, ali, só entre as 07 e as 10, ou então depois das 16:30. Parece que não se justifica, no meio do dia. Tal como perdi meia hora a tentar explicar a um casal de velhinhos suecos, há uns anos, porque é que aquele 21 só ia até ao Marquês, se no papelinho que lhes tinham dado no quiosque dizia claramente 21-Rossio.

Demorei uma hora e meia até chegar ao meu destino.

22.1.07

Paulo Casaca, a Portuguese politician and Member of the European Parliament for Portugal's Socialist Party (Partido Socialista), visiting Camp Ashraf, a Terrorist camp belonging to the Mojahedin-e Khalq of Iran based in Iraq.

Pois é, meus amigos.

Votem.



16.1.07

THE chestnut casts his flambeaux, and the flowers
Stream from the hawthorn on the wind away,
The doors clap to, the pane is blind with showers.
Pass me the can, lad; there's an end of May.

There's one spoilt spring to scant our mortal lot,
One season ruined of your little store.
May will be fine next year as like as not:
But ay, but then we shall be twenty-four.

We for a certainty are not the first
Have sat in taverns while the tempest hurled
Their hopeful plans to emptiness, and cursed
Whatever brute and blackguard made the world.

It is in truth iniquity on high
To cheat our sentenced souls of aught they crave,
And mar the merriment as you and I
Fare on our long fool's-errand to the grave.

Iniquity it is; but pass the can.
My lad, no pair of kings our mothers bore;
Our only portion is the estate of man:
We want the moon, but we shall get no more.

If here to-day the cloud of thunder lours
To-morrow it will hie on far behests;
The flesh will grieve on other bones than ours
Soon, and the soul will mourn in other breasts.

The troubles of our proud and angry dust
Are from eternity, and shall not fail.
Bear them we can, and if we can we must.
Shoulder the sky, my lad, and drink your ale

-A.E. Housman

12.1.07

MARRAKESH
(Sullivan) 1989

They found us in the courtyard at our table in the shade
We toasted our last few moments and then the end came
They took us back to the airstrip in that beaten up old car
And we rattled across the African scrubland in silence
Our hands locked together with cold steel cuffs
Sometimes I wish it was still that way
Now a whole world has died since then, so many faithless days
I was born alone and lucky and I'm just used to it that way
My dice still roll in sixes and yours still turn up ones
And I have taken my good fortune and I've run and run
But I always swore I'd come back for you
Is it too late now to come back for you ?

Now beneath this lonely junction on the northbound M6
We spray our words of signature on the concrete bridge
And between the words of wisdom and the slogans of despair
Someone's just gone and written 'I'm sorry' there
Well I always swore I'd come back for you
Is it too late now to come back for you?
You're the only one I'll ever love

8.1.07

O Dragão que me perdoe (já te linkei, man, já te linkei) mas tenho que reproduzir isto.

O Dogma gay

«As escolas que não manifestem suficiente entusiasmo em eliminar preconceitos contra homossexuais, devem ser denunciadas à polícia por alunos e pais, recomendou ontem um relatório do Ministério do Interior (Home Office).
O mesmo documento apela aos pais e crianças para que identifiquem escolas que ignorem linguagem "homofóbica" no recreio e professores que produzam lições "homofóbicas".
E apela aos directores das escolas para que promovam lições acerca da "homofobia" durante o horário escolar e empenhem os alunos em "semanas de consciencialização" gay.
A recomendação dos funcionários do Ministério de John Reid, chega numa altura de grande preocupação entre as igrejas por causa das novas leis sobre direitos gays, a serem introduzidas na próxima primavera, as quais poderão conduzir ao abandono da moral sexual tradicional nas escolas, forçando-as a incluir em seu lugar, nas aulas, o dogma dos direitos gays.»

Não percam a leitura completa do artigo. É simulteamente hilariante e inquietante. Mas, por outro lado, também nos tranquiliza. Finalmente, começamos a perceber a utilidade das escolas no futuro. Até aqui vinhamos constatando, com alguma perplexidade, que já não serviam para ensinar matérias obsoletas e contraproducentes, como, por exemplo, (no nosso caso) português, matemática, história, ciências, um mínimo de civismo, etc. Pois bem, uma vez extinta essa péssima tradição, devidamente filtrados e saneados os agentes problemáticos, é-nos cada vez mais permitido vislumbrar, com certo grau de clareza, toda a moderníssima engenharia que será implantada em seu lugar: dogmas. Dogmas históricos, políticos, sociais, sexuais, tribais, banais, enfim, toda uma engenharia dogmática. As escolas, louvado seja o Senhor, vão derivar em Neo-Madrassas - madrassas fast, cool, big, pink, western style, bem entendido.
Aleluia! As ciências sociais e humanas vão tornar-se finalmente exactas. Até que enfim. A história com o rigor da matemática! A sociologia com a certeza da aritmética! Os Tribunais entregues a computadores!...

5.1.07

Death, be not proud, though some have called thee
Mighty and dreadful, for thou are not so;
For those whom thou think'st thou dost overthrow
Die not, poor Death, nor yet canst thou kill me.
From rest and sleep, which but thy pictures be,
Much pleasure; then from thee much more must flow,
And soonest our best men with thee do go,
Rest of their bones, and soul's delivery.
Thou'art slave to fate, chance, kings, and desperate men,
And dost with poison, war, and sickness dwell,
And poppy'or charms can make us sleep as well
And better than thy stroke; why swell'st thou then?
One short sleep past, we wake eternally,
And death shall be no more; Death, thou shalt die.

- John Donne