3.9.05

(merece ser post)


Está sempre calor. Calor das fogueiras que andam na rua sem sabermos delas, calor da lareira no horizonte, calor da eterna incineração dos medos e hesitações (ardem e passam à História), calor do corpo que não consegue conter hermeticamente a alma, calor das mãos distantes, calor num olhar ao vermo-nos através da rocha e do musgo, calor por entre o frio intersticial.

Ainda assim, calores que empalidecem ao lado desta coisa que sinto.

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