When I hear music, I fear no danger. I am invulnerable. I see no foe. I am related to the earliest times, and to the latest.
- Henry David Thoreau -
Condensing fact from the vapor of nuance since 2003
26.2.10
Encontre as diferenças...
25.2.10
Fazer coisas, fazer coisas
Left, Right (3)
Left, Right (2)
Left, Right
24.2.10
18.2.10
A crónica de Mário Crespo
17.2.10
15.2.10
14.2.10
Tudo o que é de ouro reluz
13.2.10
Dêem-lhes formação...
12.2.10
11.2.10
Espero que amanhã se faça História
Once shrieked as Kosciusko fell;
On every wind, indeed, that blows
I hear her yell.
She screams whenever monarchs meet,
And parliaments as well,
To bind the chains about her feet
And toll her knell.
And when the sovereign people cast
The votes they cannot spell,
Upon the pestilential blast
Her clamors swell.
For all to whom the power's given
To sway or to compel,
Among themselves apportion Heaven
And give her Hell.
- Ambrose Bierce
"Por razões óbvias, nunca me fiz de herói do que quer que seja. Nunca me perseguiram e nunca me condicionaram. Só não gostaram de uma coisa que escrevi e atiraram-me para rua. Precisamente por isso, quem sabia muito pouco sobre as circunstâncias em que a minha saída do diário económico se processou, mas ainda assim comentou o assunto com ligeireza, alimentando o que ouviram ou que lhe contaram, andou a pregar uma filha-da-putice e a propagar uma mentira. Deixo uma sugestão: não se abandalhem, nem abandalhem a inteligência dos outros. Até ao fim, mantenham a calma. A Fernanda Câncio está em denial. Vê o mundozinho dela em que podia e pôde fazer e desfazer personalidades pública a ruir, com estrondo e lodo. Arriscou a reputação na cobertura de um governo sinistro e desespera com a desonra e ostracismo que se aproxima. Infelizmente já ninguém a pode salvar."
3.2.10
Mário Crespo: "O primeiro-ministro a falar alto é intimidante"
1.2.10
Leitura recomendada
O Fim da Linha
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.
Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.