de mãos, amiga
dadas como abraços
a medo para fingir cobardia,
uma dor
mais forte
e involuntariamente sincera que arde
a quatro olhos
deve ser isso mesmo
a coincidência que é preciso negar
o vinho,
a força natural das flores que falecem
em data certa
o teu espectro no outro lado
da cama, o pão com dois dias,
uma ode
aos suicidas que escolheram o método mais longo.