quando o silencio perene e feroz
das florestas por mim reclama
vem de dentro uma velha voz
vem a furia acalentar esta chama
e deliro com a ideia de ti esvaída
em sons e suor que jorram dos poros
abertos ao fremito dos meus dedos
onde segregas os teus tesouros,
onde assalto o reduto dos medos
e te seguro em dolor, possuida
como se a pele fosse um sol
saciando ate ao fundo
todo o celestial rol
toda a fome do mundo
a celebrar a teimosia da vida.
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