24.10.05

aldeias brancas


curvas num copo de terra
na luz tocam sinos a repique
o coração é uma aldeia branca.


Há pedras marcadas
Linhas num rosto severo
E uma dúvida tão humana.


A rua escorre ainda
A estrada leva ainda
Na cor do vento vens tu.



de VG:

Além, ávida,
voa a ave.
Acaba a tarde.


Talvez também a borboleta,
que vive um só dia,
sinta passarem, lentas, as horas.



de RC:

mesmo se ensaio
erro o gesto
é cedo ainda.

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