8.11.06

sempre é verdade, amiga
bem haja ao manuel
da tua vertical ausência
faremos o campo limite
as casas ao som da ti luísa
cartazes colados com a fé dos bons
sobre o verniz, amor, não edifico
as traves de uma oficina
encafuada no corno mais remoto
do bairro das colónias
vem-te ao ego? nos tempos vivos
(quando o pina tinha cabelo)
na fila para a micro sonhavas
como tu sonhavas um dia
largar os parâmetros velhos
como achavas, amiga,
que das ancas ao verniz são dois dedos de testa
a extrusão da esplanada vernal
e não leste, contudo, o thomas
(faço-te um manguito enfrascado
ao rir velando o ataúde de mais uma tia)
o teu bote há-de ser sempre o teu bote
e é penalty
vela-me ao menos a úlcera e leva o lixo ao sair.

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