agora o quarto é maior do que a morte
e qualquer rua ou estrada onde eu te beije
será a nossa casa plena de humores
da alvenaria com que fazes os muros
por cima dos quais a criança em ti salta
agora ainda tenho vontade da tua boca
e nada nos lençóis cheira a anteontem
quem quer que aqui entre saberá da pele
deixada por nós no dia zero do amor
a verdade passou a escrever-se deitada
agora o teu auge continuo
agora noite sem data
agora crer
agora recomeçar
When I hear music, I fear no danger. I am invulnerable. I see no foe. I am related to the earliest times, and to the latest.
- Henry David Thoreau -
Condensing fact from the vapor of nuance since 2003
17.6.16
3.6.16
quando o silencio perene e feroz
das florestas por mim reclama
vem de dentro uma velha voz
vem a furia acalentar esta chama
e deliro com a ideia de ti esvaída
em sons e suor que jorram dos poros
abertos ao fremito dos meus dedos
onde segregas os teus tesouros,
onde assalto o reduto dos medos
e te seguro em dolor, possuida
como se a pele fosse um sol
saciando ate ao fundo
todo o celestial rol
toda a fome do mundo
a celebrar a teimosia da vida.
das florestas por mim reclama
vem de dentro uma velha voz
vem a furia acalentar esta chama
e deliro com a ideia de ti esvaída
em sons e suor que jorram dos poros
abertos ao fremito dos meus dedos
onde segregas os teus tesouros,
onde assalto o reduto dos medos
e te seguro em dolor, possuida
como se a pele fosse um sol
saciando ate ao fundo
todo o celestial rol
toda a fome do mundo
a celebrar a teimosia da vida.
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