17.3.05

nao tenho net.

em qualquer país descontavam-me da factura os dias perdidos. aqui não. tenho que ficar até Às 23:00 à espera que não se esqueçam de mim.

hoje senti-me como o roddy piper no they live. quando saí do 7º piso tirei a camisa para fora, farto de me sentir como um pargo de hipermercado, apertado e hirto.

andei até benfica. pela 2ª circular e por dentro de bairros que não conhecia. três mulheres com 19 ou 20 anos, numa carrinha bmw, ofereceram-me boleia. não quis, andava mais depressa assim. fomos a rir uns 500 metros, lado a lado.

depois comprei o que tinha a comprar e vim de metro para casa. aproveitei e conversei com dois trabalhadores das obras, eslavos, e ao sair, com uma puta, pobre meretriz, brasileira e que me distraiu por mais 300 metros.

mas porque é que não tenho net? pela mesma razão que se morre em lista de espera ou passado a ferro numa autoestrada.

duvidam?

vem aí um verão de fogo. seco, quente, assassino. espero bem que não. ou que ao menos sirva para ilustrar uma idéia que há já muito que deveria ser lugar-comum: o mundo não se compadece com espécies destas.

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