12.5.06

nao duvides, ainda hoje no esteio de mais um enterro
dei comigo a procurar
sobretudo a liberdade
como alias la fora
e os torroes caiam, caiam, caiam
sobre o ataude polido e garboso
cantava jantares oferecidos e eu, ainda eu
vertiamos ar seco para dentro do poço
entre pontas de odor a arvoredo
pude ver a filha
em bicos de pes
alcançar o ombro do meu amigo
que cor terá a mao no ombro de um qualquer
meu amigo
quando eu seguir os meus pais na rota verdejante?
qual sera a medida do cansaço dos outros?
e ainda sem pronomes, ves
evitar os extremos, os nomes, que sao pontas arriscadas
nao venha um azar cortejar favores do demiurgo
e assim sempre escrevemos mais uma linha.

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