1.5.05

E pronto, é oficial: não se trata de uma branca recorrente, nem de um burn-out permanente. Nada é cíclico, carecendo o tempo de uma definição capaz de traduzir as ligações criadas pela sentiência. Mudamos, sempre, em termos efectivos, e acontece que desta vez a mudança parece ser, no mínimo, estrutural. Apetece-me ouvir, ler, mergulhar na rua disfarçado de saco vazio levado pelo vento. Até aqui tudo bem. E sim, continua a apetecer-me mudar tudo, a queima interna continua a decorrer. Mas não sinto necessidade de procurar, de verter, de beber. Só de estar. Por aí. A criar, velar e crescer em silêncio.

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