O andarilho cantor acordou antes da bruma começar a descer a ravina, orvalho inocente e musgo faminto agarrados às solas.
Içou a guitarra do seu nicho amornado a leste das brasas latentes, carentes. Foi para norte a trinta e quatro graus e quarenta e cinco segundos de rebentar uma caixa do correio em Bagdad, a meia terrina da vertical com o norte.
Sentou-se de pernas cruzadas, como um yogi neo-romântico a assoberbar a via rápida, e puxou três acordes, mi, dó, ré. Harmónico de quinta.
Depois tropeçou em si próprio e partiu, rumo aos portos acesos, com a bênção das mães debaixo do braço.
Nunca mais soubemos nada dele mas continuamos a mandar postais.
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