29.1.07

Ministro da Saúde "orgulhoso" por não abrir inquérito ao caso de Odemira
19.01.2007 - 12h42 Lusa

O ministro da Saúde afirmou-se "orgulhoso" da sua decisão de não instaurar um inquérito ao acidente em Odemira e reiterou a confiança no atendimento prestado pelos serviços de socorro.

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Confrontado com as críticas (de ontem) dos deputados da Comissão de Saúde à sua actuação após o acidente em Odemira, o ministro disse que se recusou a abrir um inquérito porque "isso mais não seria do que encanar a perna à rã".

"Estou convencido, com base nas informações que me foram prestadas pelos serviços envolvidos na operação de socorro, apoiadas em pareceres de especialistas na área, de que foram tomadas as medidas mais adequadas", disse.

Aos profissionais presentes na cerimónia, António Correia de Campos garantiu o seu apoio: "Contem comigo para vos defender, mas não para utilizações demagógicas de temas como este".

No passado dia 8, um homem sofreu ferimentos graves devido a um acidente rodoviário na zona de Odemira, no distrito de Beja, e só deu entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, quase sete horas após terem sido accionados os primeiros meios de socorro. A vítima faleceu quatro dias depois no mesmo estabelecimento hospitalar.


(ouvido na rua)

Um destes dias em Stª Maria os laranjas tinham 7h30 de tempo previsto de espera.



Bombeiros vão pedir inquérito sobre incêndio em Cascais
29.01.2007 - 14h42 Lusa

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais vai pedir ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) que realize um inquérito sobre o incêndio que ontem vitimou duas pessoas na Freguesia de São Domingos de Rana, no concelho de Cascais.

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Questionado sobre uma eventual incompatibilidade entre as mangueiras dos bombeiros e equipamentos como as bocas-de-incêndio, Fernando Curto disse ser uma situação que se verifica não só em Cascais, mas também noutros municípios.

O responsável afirmou que muitas vezes, quando os Serviços Municipalizados alteram os ramais de água, os bombeiros não são consultados para emitir um parecer sobre a compatibilidade dos equipamentos municipais com o socorro a incêndios.

"Queremos que o SNBPC se obrigue a fazer um inquérito a tudo isso", disse Fernando Curto, acrescentando que normalmente os bombeiros acabam por fazer adaptações quando os sistemas não são compatíveis.

O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais defendeu também que além do equipamento e dos autotanques se deslocarem com água para os locais de incêndio é necessária pressão na rede pública para reabastecimento das viaturas, o que por vezes não existe. "Por vezes a pressão da rede de água municipal é tão fraca que temos dificuldade em abastecer as viaturas e fazer chegar a água a um segundo ou terceiro andar", afirmou, exemplificando que em Lisboa, muitas vezes, o Regimento de Sapadores Bombeiros pede à EPAL para aumentar a pressão durante o combate a um fogo.

"Os bombeiros levam água para um incêndio, como levaram neste caso, mas não dá para muito e têm obrigatoriamente de fazer uma ligação à rede. Tem de haver um circuito assegurado", explicou. De acordo com Fernando Curto, o SNBPC já tem equipas constituídas para fazer essa análise.

"Isto é o meu dia-a-dia, há muitos casos que não chegam à comunicação social. É preciso aprofundar isto porque os bombeiros estão sempre a levar tareia", desabafou Fernando Curto, em reacção às críticas sobre a actuação dos bombeiros.

O incêndio deflagrou às 16h00 de ontem num rés-do-chão do Bairro 25 de Abril, na localidade de Abóbada, e provocou a morte a duas mulheres.



QUEM É QUE PAGA ISTO?

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