16.6.07

Via Leão Pelado:

Sócrates Acusado de Traidor pela Human Rights Watch


"Referindo-se à recente visita de Sócrates à Rússia, a HRW publicou no seu site, na página dedicada a Portugal, inserida na secção da Europa/Ásia Central, sob o título Atraiçoando os direitos humanos na Rússia, uma forte crítica a uma alocução de Sócrates pronunciada durante essa visita, em que o acusa de traição aos Direitos Humanos na Rússia. Nesta página encontram-se ainda outras acusações contra os governos portugueses – reconhecidas como justas e que nós também sabemos que por corrupção – como a condenação declarada pelo Parlamento Europeu por cumplicidade nas actividades ilegais da CIA, o relatório sobre os soldados crianças de 2001, o relatório sobre o incumprimento do tratado internacional que baniu as minas.

A HRW publicou ainda um artigo muito mais longo sob o mesmo título e sobre o mesmo assunto, em que apresenta uma lista mais extensa das desastrosas consequências provocadas pela impudência de Sócrates. A HRW critica fortemente várias alusões do discurso de Sócrates pondo em causa a defesa dos Direitos Humanos, considera esta atitude como um mau presságio para a presidência de Portugal na União Europeia e pondera que em lugar destas atitudes, Portugal deveria promover um "diálogo mais robusto sobre os assuntos dos Direitos Humanos entre a UE e a Rússia, pressionando o Kremlin para restaurar a liberdade de expressão", etc. Em suma, a HRW encara o comportamento de Sócrates como atípico, desleal para com a UE e uma traição aos Direitos Humanos.

Em 29-5-2007, o International Herald Tribune chamou delicadamente “linguagem colorida” ao discurso de Sócrates, enquanto a Angela Merkl questionava o tratamento do governo russo aos seus opositores.

Muitos outros jornais fizeram menções idênticas sobre o discurso do Sócrates, classificando-o das mais diversas formas sobre as suas críticas veementes contra os valores do Ocidente sobre os Direitos Humanos e a democracia.

Como se nós não conhecêssemos já a cambada de canalhas e parasitas corruptos dos neo-cons que actualmente domina o partido que se faz passar por socialista, e que, para nosso mal, não é melhor que a cambada precedente de neo-cons que queria terminar com a Segurança Social e que praticamente acabou com o direito à defesa. Decisões contra os Direitos Humanos são comuns em Portugal, como matar velhos à fome e sem medicamentos pôr as mulheres a parir nas ambulâncias, perpetuar a miséria, vender Portugal ao estrangeiro e destruir a riqueza e o futuro do país, dizendo que é investir (belo género de investimento, proibido noutros países, por ruinoso!). Agora, na Rússia, Sócrates apoia também outros actos contra os Direitos Humanos, como o massacre das populações que se querem libertar de jugos, a proibição da liberdade de expressão ou qualquer outro direito à liberdade. Que melhor prova daquilo que já sabíamos e que os governos corruptos teimam em desmentir?

Estas páginas no site da HRW foram publicadas em 11-6-2007 (a mencionada em segundo lugar está datada no URL). Alguém ouviu ou leu algo sobre o assunto nos noticiários de cobertura nacional? Que significa então este caso encoberto? Após tantas demonstrações no mesmo sentido, a conclusão parece simples. Para além da praga dos políticos, estamos rodeados por um bando de pseudo jornalistas, jornaleiros, que pasteurizam notícias e informações, escondem ou mostram, anunciam ou escondem de acordo com os interesses da corrupção mafiosa que encobrem e defendem num conluio declarado e aberto. São os profissionais da impostura.

Temos um governo que se declara abertamente contra os Direitos Humanos e o tem provado consistentemente. Temos uma oposição que já provou não ser melhor, pois que o mal no país não se poderia ter desenvolvido em dois anos. Onde vamos dar? A única solução possível é a união nacional para dominar as oligarquias de gananciosos, corruptos e abusadores. Acabar com regalias a que não têm direito. Desfazer as leis corruptas que protegem a corrupção e os seus autores e participantes. Impedir que se apoderem dos lugares de chefia de toda a administração, do estado e municipal. Colocá-los no seu lugar: cumpridores dos seus deveres e servidores obedientes do povo soberano. Mantê-los domesticados e com rédea curta."

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