2.1.08

hoje é estranho que possa entender a tua ausência
como me sabe à dor dos homens que desconhecemos,
e até nas arestas brancas do nosso quarto eu te vejo
assim o condicional que preside à encadernação do amor
hoje é da cor do teu sol privativo um desvario alheio
nas formas que o teu perfume permuta e encerra
é estrangeiro o uso da palavra ortodoxa, insone
hoje sabe-me às tuas pernas constantes
às tuas costas sob as mãos que cultivo
hoje um tal ponto secreto
hoje os medos antigos

Sem comentários: