Algumas coisas são cíclicas. É cíclico o surgimento da Vida, enquanto afronta às leis mais concisas da Física. É cíclica a História do Universo, como tudo é cíclico menos o avanço da entropia - e mesmo assim, não sei.
Há quatro anos, tal como antes e depois de há quatro anos, existia um espaço enorme, um vazio arrombado que foi aprendendo a brilhar sem explodir. Daí se fizeram palavras, e das palavras momentos, e estes tiveram Estações; uma Primavera cheia de amores como bonecos de neve, um Inverno resoluto na certeza de trazer ao seu habitante uma melhor preparação para o inevitável.
Há quatro anos, talvez até na tua vida houvesse ciclicidade. Na minha, havia-a certamente.
Porque a Vida tem, ou serve, desígnios inegáveis, e porque o Amor, enquanto expressão mais alta do livre arbítrio, da nossa centelha, e porque escapar à moagem cíclica dos anos é talvez a única cicatriz que é humanamente possível desenhar nos blogs do Universo.
Porque tu e eu nos encarregaremos, como hoje encarregamos, de fazer com que o tempo que nos resta fervilhe ao rubro.
Porque o somatório de nós, deles, do que bem nos basta como fardo e como recompensa constitui garantia bastante de que não implodiremos.
Por tudo isto, e porque algumas coisas não devem ser cíclicas, este blog termina aqui.
As sugestões, referências e comentários poderão regressar, mas não a voz na penumbra.
A Caverna cede lugar a uma Casa parede por parede, vela por vela, aroma por aroma.
É para já uma casa difusa, que só tem fundações, da qual não existe projecto nem sequer localização geográfica, e muito menos um blog. Mas está a fazer-se, constrói-se com cimento de Outono e janelas para o Verão. Tem folhas e ramos fortíssimos onde crescem avelãs bojudas e os animais do bosque vêm acoitar-se. Estende-se por muitas serras e alguns rios, atravessa pontes e vales, e passa a vau uma cidade inteira. Leva confortavelmente quatro camas e nela há sempre uma cozinha, cujo chão é frio e o ar quente, e que muda de sítio consoante nada em concreto.
Já não digo mais nada.
Este blog termina aqui porque o Amor continua.
E ao teu lado começo uma estória definitiva.
Há quatro anos, tal como antes e depois de há quatro anos, existia um espaço enorme, um vazio arrombado que foi aprendendo a brilhar sem explodir. Daí se fizeram palavras, e das palavras momentos, e estes tiveram Estações; uma Primavera cheia de amores como bonecos de neve, um Inverno resoluto na certeza de trazer ao seu habitante uma melhor preparação para o inevitável.
Há quatro anos, talvez até na tua vida houvesse ciclicidade. Na minha, havia-a certamente.
Porque a Vida tem, ou serve, desígnios inegáveis, e porque o Amor, enquanto expressão mais alta do livre arbítrio, da nossa centelha, e porque escapar à moagem cíclica dos anos é talvez a única cicatriz que é humanamente possível desenhar nos blogs do Universo.
Porque tu e eu nos encarregaremos, como hoje encarregamos, de fazer com que o tempo que nos resta fervilhe ao rubro.
Porque o somatório de nós, deles, do que bem nos basta como fardo e como recompensa constitui garantia bastante de que não implodiremos.
Por tudo isto, e porque algumas coisas não devem ser cíclicas, este blog termina aqui.
As sugestões, referências e comentários poderão regressar, mas não a voz na penumbra.
A Caverna cede lugar a uma Casa parede por parede, vela por vela, aroma por aroma.
É para já uma casa difusa, que só tem fundações, da qual não existe projecto nem sequer localização geográfica, e muito menos um blog. Mas está a fazer-se, constrói-se com cimento de Outono e janelas para o Verão. Tem folhas e ramos fortíssimos onde crescem avelãs bojudas e os animais do bosque vêm acoitar-se. Estende-se por muitas serras e alguns rios, atravessa pontes e vales, e passa a vau uma cidade inteira. Leva confortavelmente quatro camas e nela há sempre uma cozinha, cujo chão é frio e o ar quente, e que muda de sítio consoante nada em concreto.
Já não digo mais nada.
Este blog termina aqui porque o Amor continua.
E ao teu lado começo uma estória definitiva.
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