José Sócrates vai longe de mais ao dirigir-se aos professores - e aqui incluo aqueles que o são, bem como os que ensinam circunstancialmente nem por isso deixando de fazer parte da mão-de-obra qualificada que rareia em Portugal - como se de um bando de bestas se tratasse.
Não tenho palavras.
Transcrevo, d'O Cachimbo de Magritte, o que diz Carlos Botelho sobre a asneira.
"Mal pude acreditar no que ouvi há pouco de José Sócrates pela tsf (sublinhado meu):
'Muitos gostariam que o Estado contratasse professores, mesmo que não precisasse deles. Pois não é essa a minha visão e o tempo da facilidade acabou! Isso está fora de causa - o Estado agora contratar sem necessidade! Eu acho que não tem o mínimo sentido essa discussão e... para quem gosta de discutir sempre as mesmas coisas no início do ano escolar, pois fique-se com essa discussão!'
'Facilidade', gritou ele. Que 'facilidade'?
Ele, se não fosse um homenzinho arrogante, saberia que, no lugar que ocupa e com a responsabilidade pública que detém, para mais falando dentro de uma Escola e tocando (desgraçadamente, com os pés) num assunto sensível, saberia que não se fala daquela maneira a e de ninguém.
Alguém devia lembrar-lhe que ele é apenas um primeiro-ministro, que não está no serviço em que está por nenhuma espécie de privilégio "ontológico", mas sim porque outros (entre estes decerto muitos "facilitados") o puseram lá com o seu voto.
Aqueles milhares a quem ele arremessou, grosseiro, a inacreditável acusação insultuosa da 'facilidade' (e sem mostrar qualquer respeito nem pelo papel educativo que têm tido, nem pela situação delicada em que agora os colocaram), esses, são licenciados. Repito: licenciados. Isto é, obtiveram sem aspas uma licenciatura sem aspas. Certamente que, esses, não teriam de se achar embaraçados em explicações(?) trapalhonas para justificar "licenciaturas" obscuramente escolhidas numa "universidade" inenarrável ganhando um "diploma" da farinha Amparo. Um "diploma" fácil."
'Muitos gostariam que o Estado contratasse professores, mesmo que não precisasse deles. Pois não é essa a minha visão e o tempo da facilidade acabou! Isso está fora de causa - o Estado agora contratar sem necessidade! Eu acho que não tem o mínimo sentido essa discussão e... para quem gosta de discutir sempre as mesmas coisas no início do ano escolar, pois fique-se com essa discussão!'
'Facilidade', gritou ele. Que 'facilidade'?
Ele, se não fosse um homenzinho arrogante, saberia que, no lugar que ocupa e com a responsabilidade pública que detém, para mais falando dentro de uma Escola e tocando (desgraçadamente, com os pés) num assunto sensível, saberia que não se fala daquela maneira a e de ninguém.
Alguém devia lembrar-lhe que ele é apenas um primeiro-ministro, que não está no serviço em que está por nenhuma espécie de privilégio "ontológico", mas sim porque outros (entre estes decerto muitos "facilitados") o puseram lá com o seu voto.
Aqueles milhares a quem ele arremessou, grosseiro, a inacreditável acusação insultuosa da 'facilidade' (e sem mostrar qualquer respeito nem pelo papel educativo que têm tido, nem pela situação delicada em que agora os colocaram), esses, são licenciados. Repito: licenciados. Isto é, obtiveram sem aspas uma licenciatura sem aspas. Certamente que, esses, não teriam de se achar embaraçados em explicações(?) trapalhonas para justificar "licenciaturas" obscuramente escolhidas numa "universidade" inenarrável ganhando um "diploma" da farinha Amparo. Um "diploma" fácil."
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