15.4.07

http://tvi.iol.pt

José Sócrates foi questionado pelo tribunal de Guimarães sobre a origem do dinheiro usado para adquirir a sede do PS de Felgueiras. A magistrada está a investigar a possível existência de um segundo saco azul em Felgueiras.

Com as respostas do secretário-geral socialista, a juíza ficou a saber que a sede não pertence ao PS e que o partido não paga qualquer renda por estar ali instalado há oito anos.

A TVI tentou obter uma explicação de José Sócrates para a situação, só que o líder do PS diz que não conhece o assunto, apesar de ter trocado cartas com o tribunal há apenas quinze dias.

No processo está a ser investigado se alegadamente a sede não terá sido comprada por Fátima Felgueiras com dinheiro de empresários alegadamente em troca de favores da Câmara. A magistrada Maria Fortuna Rodrigo perguntou a José Sócrates qual a origem do dinheiro que permitiu comprar a sede. A resposta, datada de 29 de Dezembro do ano passado, Sócrates revelou que afinal a sede não pertence ao partido. «Nos registos do património propriedade do PS não consta qualquer imóvel em Felgueiras», informou o secretário-geral por ofício ao tribunal.

A TVI teve acesso a um contrato de compra e venda em nome de Júlio Faria, presidente da câmara anterior de Felgueiras, deputado do PS e um dos principais arguidos do processo Saco Azul.

Não satisfeita com a resposta de Sócrates, a juíza voltou a perguntar, a 24 de Janeiro, a quem é que o PS paga renda pelo uso das instalações do PS. A 30 de Janeiro o chefe do gabinete de José Sócrates respondeu; «o local onde actualmente se encontra sedeado o PS de Felgueiras não é arrendado e nada consta sobre a eventual futura aquisição por parte do partido».

A sede é um dos andares de um edifício no Campo da Feira e a TVI sabe que continua registado em nome da empresa SOCOFEL, uma construtora de grande relevância em Felgueiras. Para além do edifício da sede, a construtora fez o maior prédio de habitação da cidade e dois centros comerciais com andares de habitação que ocupam quase meia avenida.

Sem comentários: