"O capitalismo libertou da fome geracional milhões de homens, deu-lhes oportunidades de ascensão e mobilidade jamais vistas na história social, facultou-lhes dignidade, abriu-lhes as portas do ensino e premiou o mérito. Ao invés, tudo o que se lhe opõe favorece a dependência e a infantilização, a protecção e aquela ilusão aconchegante que caracterizava a relação entre senhores e servos. A nova servidão, estatista, proteccionista, interventiva e reguladora, produziu comunidades abúlicas, incapazes de arrostar desafios e impossibilitadas de concorrer. Ontem ouvi uma, duas, três e mais desabafos contra o "capitalismo selvagem", o "capital explorador" e outros rodriguinhos de um socialismo rançoso bem datado no espaço e no tempo. Em vez de aceitarem o modelo económico que foi o agente da libertação do trabalho, culpam-no pelos males colaterais. Em vez de exaltarem o papel decisivo que o capitalismo atribui aos agentes económicos - que são todos os homens - identificam essa libertação e o triunfo do engenho e da iniciativa como uma afronta."
- Miguel Castello-Branco
- Miguel Castello-Branco
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