Gosto de climas extremos. É por ter feito tudo cedo na vida, por não ter havido internet quando tinha quatro anos. Assim é normal passar-me com as nuvens carregadas, electricamente definidas, com a promessa de ventos e furor aberto.
Lembro-me da tua lareira, e das peles afins que em vinte e dois anos de amizade nunca se haviam descoberto, lembro-me dos troncos que trouxe da cave para juntos sabermos o segredo do chá, os receios da noite, o abraço dos amantes contra a certeza da morte.
Hoje tenho palavras próprias, não é um dia como ontem, decididamente não é um dia como ontem e tenho saudades da tua lareira.
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