O líder parlamentar socialista, Alberto Martins, afirmou esta terça-feira que não haverá aconselhamento obrigatório na lei para as mulheres que queiram abortar até às dez semanas, justificando que a medida seria uma imposição “à revelia do resultado do referendo”.
"A lei será feita na Assembleia da República nos exactos termos desse mandato. Ninguém fará a lei por nós”, frisou Alberto Martins na sessão de abertura das jornadas parlamentares do PS, em Óbidos, e acrescentou que "o período de reflexão será naturalmente curto".
O resultado da consulta de domingo foi “uma vitória do progresso e da modernidade, uma vitória do grupo parlamentar”, considerou, elogiando o secretário-geral do PS, José Sócrates, que assistia ao seu discurso.
Alberto Martins, um ex-militante do MES, assim uma espécie de Bloco de Esquerda dos anos setenta que inundou o PS a tempo de poder ocupar cargos electivos no Estado e a que também pertenceu o Dr. Sampaio, veio esclarecer o sentido da interpretação socialista do Sim ao aborto livre. Só o PS é que mexe na Lei, mais ninguém. Só o PS é que faz a Lei, mais ninguém. Ele é a Lei. A Lei é ele. Melhor afirmação do Estado absoluto, capturado por uma maioria absoluta arrogante, não há.
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