28.2.07

Na TSF, ouvi hoje o jornalista responsável pelo boletim informativo das 09:00 frisar pelo menos três vezes que "o PSD acusa o governo de manipular a RTP, mas não apresenta provas".
Nunca ouvi jornalista algum na TSF dizer, por exemplo, que "o ministro da saúde propõe um modelo mais racional para as urgências, mas do qual não apresenta provas, mecanismos ou detalhes". Portanto, TSF, riscar. RTP, riscar. DN, riscar.
José Maria Martins escreveu hoje no seu blog (destaques meus, porque só me interessam essas partes) :


A primeira urgência é acabar com o Governo do PS.

Para isso temos a urgência de o PSD ser Oposição. O PSD tem de mudar de rumo. O Dr. Marques Mendes não tem estatura política para liderar o PSD.

Na Câmara de Lisboa o Dr. Marques Mendes está em perda. E isto é muito grave.Hipoteca o PSD.

O Governo do PS está a destruir o Serviço Nacional de Saúde.

O PS virou à direita. Para mim já está na extrema direita. Beneficia do facto de o Povo Português estar desesperado.Desorientado.

O Povo Português está nas lonas. Dos que estão em Portugal a maioria está dependente do Poder. Funcionários Públicos, aposentados, reformados, velhos, crianças. Os outros emigraram.

O desvario do Governo PS quanto ao fecho das urgências é a melhor prova do descalabro da política.

A cedência do Governo PS , nas urgências, só se deveu a uma coisa: O Primeiro Ministro deparou-se com manifestações junto das fronteiras. A repercussão no estrangeiro foi grande.
O Primeiro Ministro vai ser o Presidente do Conselho Europeu. Teve de inverter a marcha.

Percebeu que ficaria fragilizado internacionalmente.
Tentou o "negócio" com as Câmaras Municipais.
Os Presidentes de Câmara mesmo os do PSD cederam. Estão dependentes das suas populações, sabem os seus anseios, os seus problemas.

Mas esta situação não pode ser tratada de tão ânimo leve.Há valores mais altos que se levantam.

Esta miséria de politica prova que os portugueses têm de assumir a legitimidade democrática e correr com o Governo do PS do Poder. Um pronunciamento popular não deve ser descurado.

Para tanto o Povo tem de se revoltar. Tem de exercer os poderes de soberania. Desgastar o Governo.Exigir, fazer uma revolução das camélias como outros fizeram a de veludo.

A União Europeia não pode impedir. São questões de soberania e de Estado.

O PSD tem de ter militantes que assumam o risco e o dever de dar parte do seu tempo à coisa pública. É uma honra.

Os militantes do PSD não podem ser medrosos, a ponto de só se disponibilizarem perto das eleições.

A Política deve ser uma honra, a arte mais nobre da Polis.

(...)

27.2.07

Os Pros sem Contra

Fátima Campos Ferreira uma vez mais no papel de títere da Guilda dos Anestesistas.

Achei particularmente jocoso o mapa, o mapinha, a verde e a vermelho, que a FCF exibiu logo no início da segunda parte, com a missiva subliminar conexa "vêem? vêem? agora a câmara dos lordes diz que passa tudo a verde, e é só ficarmos todos calados, submissos e acagaçados que de repente tudo estará mesmo verde!" no mapa e na noosfera das próximas gerações...

Daqui por 25 anos farão um tálquexô sobre o mito do 25 de Abril, essa ficção da metempsicose que como todos sabemos, nunca aconteceu ("Vietnam never happened", Jello Biafra dixit) como o comprova o Estado de pleno Direito, oleado e cloud-nine-pink-perfume em que vivemos. Reductio ad absurdum, nenhum Estado assim poderia ser oriundo de uma revolução sem sangue...



AHA! Entretanto a esta hora tenho um erro no Blogger e somente por Edit consigo escrever isto.

"Uma maioria superior a dois terços está contra penas de prisão para mulheres que abortem mesmo depois do período previsto como legal no referendo (dez semanas). É o resultado de uma sondagem da Marktest para o DN e a TSF. Segundo esse estudo de opinião, 67,2 por cento dos inquiridos disseram não concordar com penas de prisão para quem abortar fora do prazo legal; 25,3 afirmaram, pelo contrário, estar de acordo com a manutenção de penas de prisão."

Claro. É a prova que faltava: a maioria dos humanos não vale um milímetro cúbico do ar que respira. Pulhas de merda.

26.2.07

É preciso que os avanços e recuos, a exemplo do que faz o Benny Hill da Saúde, não anestesiem quem tão bem se tem manifestado pela continuidade de uma vivência livre. Quanto mais tempo passa, mais impera a deriva (aparente) e quem ainda se lembra de qual é a sensação de pensar, vai morrendo, de velho, de entalado.

23.2.07

Faz hoje, Nuno, dezassete anos e uma série de dias que estupidamente partiste. Terias hoje o dobro daquela idade, e teria sido contigo que bebera este café, ou talvez campeasses por outras paragens, como entre o sonho e o medo todos fizemos. Não julgues que esqueci a ventosa na tua testa, da qual fugias aos uivos tentando segurar as gotas de sangue da borbulha espremida, nem o teu andar de marinheiro num navio prenhe de raparigas por descobrir. Tanto mais saltaria contigo pelos campos onde construiram prédios cor-de-rosa. Foste tu aquele cuja expressão guardei todos estes anos, não mais eternamente três acima dos teus, mudo perante a resposta ao teu inquérito: "mas tu sabes o que representa isso?", dito acerca de um pão esvaziado à manápula de todo o seu miolo; veio a resposta do Pixotas, que ainda hoje Nuno dezassete anos e muitos dias depois de teres ido eu guardo como um tesouro - "trinta e sete e quinhentos".
Correia de Campos fechou a maternidade do hospital de Elvas por não ter condições.

Correia de Campos coloca o hospital de Elvas à cabeça dos que irão fornecer abortos, por ter condições.

E se fosse para a puta que o pariu?
Mesmo a calhar um bocadinho do Daniel Filipe:

Por decisão governamental estão suspensas as liberdades individuais
a inviolabilidade do domicílio o habeas corpus o sigilo da correspondência
Em qualquer parte da cidade um homem e uma mulher amam-se ilegalmente
espreitam a rua pelo intervalo das persianas
beijam-se soluçam baixo e enfrentam a hostilidade nocturna


22.2.07

A primeira ideia que uma criança precisa ter é a da diferença entre o bem e mal. E a principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passividade e o mal com a actividade.

- Maria Montessori
Via Máquina Zero,

A Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI), cujo porta-voz é um tal Marc Leyenberger, veio a Lisboa apresentar um relatório. Como é próprio destes ajuntamento de débeis mentais, dizem patacoadas e imbecilidades sobre coisas que não conhecem. Ora imaginem então que os bacanos descobriram que “o acesso à educação e a estudos superiores (…) bem como a possibilidade de exercer uma actividade económica continuam problemáticos” para as comunidades ciganas.

...

Os ciganos, em Portugal, têm dificuldades em aceder à educação? Virgem Santíssima, os ciganos tiram os filhos da escola mal eles aprendem a ler e escrever! Casam as filhas aos 13, 14 anos! Esta Comissão Europeia é assim tão imbecil? Os ciganos em Portugal têm dificuldades no acesso á habitação? E se calhar nós, portugueses comuns, temos facilidades!


Subscrevo.
Por cá, chove. Quanto ao negócio, os cartazes derretem e talvez autocolantes sejam uma solução mais eficaz.

21.2.07

23.03.06

Paris Aflame with Student Riots

The city best known for romance and love is now the scene of violence and rioting, as protesting students threw Molotov cocktails and wielded baseball bats in Paris, reports The Sun Online. Fifty officers and ten civilians were injured, and more than 400 people were arrested, in riots over the nation's labor laws.

18.02.07

Manifestantes cortam ligação entre Valença e Espanha em protesto contra o encerramento das urgências hospitalares naquela cidade.

21.02.07

Manifestantes que protestam contra a desclassificação da urgência do Hospital de Chaves e contra o encerramento dos serviços de saúde de Vila Pouca de Aguiar bloquearam o transito, às 11h55, na Estrada Nacional 2, que liga a Espanha.

NÃO PODE O NORTE SÓZINHO SER O REDUTO DA LIBERDADE.




Exercício de Estudo do Meio, citado no Último Reduto:


Dois colegas de turma pretendem ser os responsáveis pela biblioteca da escola. As hipóteses são:

1) Andavam à bulha e quem ganhasse ficava responsável.
2) Havia uma votação.
3) Ganhava quem oferecesse mais doces aos colegas.
4) Era escolhido o mais inteligente.

A resposta certa era proceder a uma votação. Mesmo que ganhasse um incapaz, seria sempre uma vitória da democracia! O mais inteligente pode esperar.



E agora o que tenho a dizer sobre isto...

A opção 1 é claramente a do futuro.

A opção 2 levanta um problema, ou seja promove a demissão do professor (ou responsável, whatever) do cargo crucial de provedor da liberdade dos miúdos, ao preocupar-se mais com a sua "inserção" do que com a garantia de que vinguem como indivíduos, lúcidos e autónomos. Um homem diferencia-se dos restantes animais por poder mudar o rumo dos acontecimentos através do livre arbítrio.

A opção 3 é a do país real.

A opção 4 só tem uma pequeniiiiiina coisinha: QUEM é que escolhe o mais inteligente? Como sucede nas nossas eleições, quando a massa votante é estúpida, são eleitos os piores, Lógico como pagar impostos para sustentar chulos.
VPV escreveu n'O Espectro:

O Estado também aflige. Por favor, não tomem isto como propaganda política. Imaginem o Estado durante Salazar e Caetano. Existia a PIDE e a censura: e mil tiranetes por aqui e por ali. Não vale a pena repetir o óbvio. Em compensação, o Estado não queria mandar na vida de ninguém. Não proibia que se fumasse. Deixava o trânsito largamente entregue a si próprio. Não andava obcecado com a saúde e a segurança. Não regulava, não fiscalizava, não espremia o imposto até ao último tostão. Um indivíduo, pelo menos da classe média, passava anos sem encontrar o Estado: em Portugal, em Inglaterra, em Itália, na Europa. Acreditam que nunca voltei a sentir o espaço e a liberdade desse tempo?
Estou a "sentimentalizar", a "idealizar" uma realidade, no fundo, horrível? Não me parece. Escrever, por exemplo. Quando comecei a escrever, escrevia. Sob o peso da Ditadura, claro, e sob a pressão do conformismo marxista. De qualquer maneira, escrevia desprevenidamente. Agora, escrever é uma variante de pisar ovos. Os mestres do "correcto" vigiam, como nunca vigiaram os coronéis de Salazar. Até a sociedade portuguesa de repente acordou puritana. Cada cidadão, cada medíocre, cada engraçadinho pode esconder um polícia. Pior ainda: um delator e um explorador do escândalo. Os grandes crimes (como de resto os pequenos delitos) contra o corpo ou qualquer espécie de igualdade não se toleram, nem se desculpam. E, entretanto, o indivíduo morreu. Não fui feito para isto.

18.2.07



So here you are in your small little world
Kept up like a little precious virgin girl
To hear about your grace and your silly face
Wrapped up like a knot in a ball of shoelace
And every time I talk to you
It sounds like youre caught in a psychological flu

Dont ever let them see you cheat
Dont ever let them see you bleed
Dont ever let them shake your hand
Dont ever let them believe that scam

Chorus:
Skinny
And it will make you cry
Skinny
And if it makes you soft inside
Skinny
At least you will not die

And if you take a good look at them
All caught up in their graciousless win
Every sin is their seamless smile
Will go on for a countless while
And just because they think they won
It just means that the shit has just begun

Dont ever let them see you cheat
Dont ever let them see you beat
Dont ever let them shake your hand
Dont ever let them believe that scam

Chorus

Yeah skinny skinny huh

17.2.07

"In all social change, nothing ever turns out quite as predicted. Campaigners tend to believe, Pollyanna-like, that human nature is endlessly perfectable, and all will be solved when new laws are put in place. In truth, human nature is rather better described by Dr Johnson, who observed that: “Whatever is done easily will be done frequently.”"

ANJINHOS DO CARAÇAS!
Marília, soube hoje que morreste há 3 anos.

Senti-me atraído por ti, houve toda a electroquímica na curva do olhar, e soube-o tão bem como qualquer dos presentes.

Nunca te disse nada disto e já nem sequer a vida me deixava regressar ao talvez.

Mas espero voltar a ver-te.
Blue Ship

(Sullivan)

Isaac tied upon the bow searches for land
Milton's hands upon the wheel steering us on
Seventy souls upon the deck and may God save us all
The strange brotherhood of the blue ship

And Rolff watches over the edge counting the fishes
Lost upon the drifting tide and the pull of the moon
They said there's water running in all our veins as they cast us off
Pulled forever back and on, back and on
The strange brotherhood of the blue ship

There is no wind that I can feel
There is no place for us to be
Just the strange brotherhood of the blue ship

16.2.07

Na mesma semana...

António José Teixeira mantém a sua postura na questão do aborto.
António José Teixeira é demitido do DN porque "as vendas não subiam".

José António Barreiros abandona a defesa das vítimas casapianas.
José António Barreiros é apresentado por Paula Moura Pinheiro como convidado mais ou menos permanente de um novo programa na 2.

Carmona Rodrigues e Fontão de Carvalho entalados como que por bruxedo.
PS, galvanizado pela "vitória da liberdade", propõe eleições intercalares.

Tempestades de gelo isolam uma fatia bem larga dos US of A.
Cai granizo em Portugal inteiro e a temperatura desce 7 graus em hora e meia.

Coincidências my ass.

14.2.07

UNICEF RANKING

1. Netherlands
2. Sweden
3. Denmark
4. Finland
5. Spain
6. Switzerland
7. Norway
8. Italy
9. Ireland
10. Belgium
11. Germany
12 = Canada
12 = Greece
14. Poland
15. Czech Republic
16. France
17. Portugal
18. Austria
19. Hungary
20. U.S.
21 UK
O líder parlamentar socialista, Alberto Martins, afirmou esta terça-feira que não haverá aconselhamento obrigatório na lei para as mulheres que queiram abortar até às dez semanas, justificando que a medida seria uma imposição “à revelia do resultado do referendo”.

"A lei será feita na Assembleia da República nos exactos termos desse mandato. Ninguém fará a lei por nós”, frisou Alberto Martins na sessão de abertura das jornadas parlamentares do PS, em Óbidos, e acrescentou que "o período de reflexão será naturalmente curto".

O resultado da consulta de domingo foi “uma vitória do progresso e da modernidade, uma vitória do grupo parlamentar”, considerou, elogiando o secretário-geral do PS, José Sócrates, que assistia ao seu discurso.

Alberto Martins, um ex-militante do MES, assim uma espécie de Bloco de Esquerda dos anos setenta que inundou o PS a tempo de poder ocupar cargos electivos no Estado e a que também pertenceu o Dr. Sampaio, veio esclarecer o sentido da interpretação socialista do Sim ao aborto livre. Só o PS é que mexe na Lei, mais ninguém. Só o PS é que faz a Lei, mais ninguém. Ele é a Lei. A Lei é ele. Melhor afirmação do Estado absoluto, capturado por uma maioria absoluta arrogante, não há.

12.2.07

Comboio ao rio!

Segundo Carlos Madeira, porta-voz da CP, em declarações à TSF, trata-se de uma composição do Metro de Mirandela ao serviço da CP, onde seguiam três passageiros e dois tripulantes. Das cinco pessoas a bordo, três estão desaparecidas (dois tripulantes e um passageiro), e duas estão feridas (dois passageiros), acrescentou.

O porta-voz adiantou ainda que a CP desconhece para já as circunstâncias em que se deu o acidente com a composição ferroviária, que ia de Tua para Mirandela, revelando apenas que a máquina saiu da linha pouco depois das 18h00.

De acordo com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, acorreram ao local 35 bombeiros apoiados por 11 viaturas e meios aéreos.

O governador de Bragança, Jorge Gomes, já confirmou o acidente, acrescentando que as duas vítimas feridas encontram-se numa ravina, estando os bombeiros, com a ajuda de dois helicópteros, a tentar resgatá-las.



Por comparação com as atitudes de Correia de Campos e José Sócrates aquando do anúncio da vitória do "sim" no referendo, pensamos que a única posição admissível para o Ministro da tutela será o surgimento em t-shirt e calções, em pleno primetime, dizendo "comboio? NÃO CAÍU COMBOIO NENHUM AO RIO, em Portugal os problemas que temos são outros" - muito à laia do que fez João Cravinho há uns anos, confrontado com a presença a bordo de um avião da TAp de uma cidadã alemã alegadamente portadora do vírus Ebola, informação à qual JC terá reagido afirmando que "Portugal como país do primeiro mundo nao teme vírus nenhum". Presumi na altura que JC planearia abordar as moléculas virais apelando à sensatez destas, tipo, "ó minhacenhoras, não podem infectar Portugal, estamos no primeiro mundo".

PORTUGAL AMORDAÇADO!

Instituto de Meteorologia corrige magnitude do sismo de 6.0 para 5.8
12.02.2007 - 12h09 Lusa, PUBLICO.PT


Fónix!

Magnitude 6.0 (Strong)
# Date-Time Monday, February 12, 2007 at 10:35:21 (UTC)
= Coordinated Universal Time
# Monday, February 12, 2007 at 10:35:21 AM
= local time at epicenter
Location 35.843°N, 10.289°W
Depth 10 km (6.2 miles) set by location program
Region AZORES-CAPE ST. VINCENT RIDGE
# Distances 248 km (154 miles) WSW (239°) from Faro, Portugal
# 337 km (210 miles) SSW (198°) from LISBON, Portugal
# 338 km (210 miles) WSW (243°) from Huelva, Spain
Location Uncertainty horizontal +/- 5.2 km (3.2 miles); depth fixed by location program
Parameters Nst=192, Nph=192, Dmin=373.9 km, Rmss=0.81 sec, Gp= 61°,
M-type=moment magnitude (Mw), Version=6
# Source U.S. Geological Survey, National Earthquake Information Center
World Data Center for Seismology, Denver
Event ID us2007ysam

11.2.07

João Paulo Malta: "por cada aborto que o Estado pagar, deverá subsidiar com o mesmo montante uma mulher que pretenda levar até ao fim a sua gravidez". Custa-me pensar numa frase melhor.
Só o Zézinho e o Correia de Campos é que vêem tudo com clareza... um vê vontade expressa numa participação de 40%, e o outro não sabe que um centro de saúde demora 4 meses a arranjar consulta para as pessoas.

9.2.07

Os economistas não prevêem nada que saia fora da pequenez cíclica que lhes vai sustentando o tacho. São terríveis; não se ralam com a possibilidade de um asteróide bater na Terra, primeiro porque "isso é um evento raro que não acontece ha imenso tempo", segundo porque mesmo que aconteça continua a ser um evento raro que não vai “de certeza” acontecer novamente nos próximos mil e tal anos, e terceiro porque “se pensamos nessas coisas ficamos malucos”.


Father come save us from this
Madness we're under
God of Creation are we blind?
Cause some here are slaves
That worship guns that spit thunder
The children that you've made
Have lost their minds

This monster that we call the earth
Is bleeding
Cause the children have been
Left alone too long
This thing that we've made is fat
And feeds on the hate
Of the millions that it's taught to sing
The song

The Headless Children
The screams that fill the night
Fill the night fill the night fill the night
The headless children
The madness steals the light
Steals the light steals the light steals the light

Time bombs in the hands of all the wicked warbabies
Light the fuse of temptation and we all burn
Four horsemen sit high up in the saddle
And waiting and ride the bloody trail of no return

Sleeping in the arms of a nightmare and
Wake to find we've been away too long
This Frankenstein of flesh
Stitched together back from death
And preying on the souls of everyone

The headless children
The screams that fill the night
Fill the night fill the night fill the night
The headless children
The madness steals the light
Steals the light steals the light steals the light

- Lawless / W.A.S.P.
Sete alunos com gripe, duas colegas com gripe, vizinhos com gripe, jornais com gripe, frangos com um potencial enorme para a gripe, xiça, caraças, pelas cãs de Júpiter...

8.2.07



Surrounded by 3,000-5,000 meter peaks, Svaneti is the highest inhabited area in Europe. Four of the 10 highest peaks of the Caucasus are located in the region. The highest mountain in Georgia, Mount Shkhara at 5,201 meters (17,059 feet), is located in Svaneti. Other prominent peaks include Tetnuldi (4,974m./16,319ft.), Shota Rustaveli (4,960m./16,273ft.), Mt. Ushba (4,710m./15,453ft.), and Ailama (4,525m./14,842ft.).

Situated on the southern slopes of the central Greater Caucasus, the province extends over the upper valleys of the Rioni, Enguri and Tskhenistskali. Geographically and historically, the province has been divided into two parts – Zemo Svaneti (i.e., Upper Svaneti; the present day MestiaRaioni) and Kvemo Svaneti (i.e., Lower Svaneti; the present day Lentekhi raioni) – centering on the valleys of the upper reaches of the two rivers Enguri and Cxenis-c’q’ali, respectively. They are distributed between the present-day regions of Samegrelo-Zemo Svaneti and Racha-Lechkhumi and Kvemo Svaneti respectively. Historical Svaneti also included the Kodori Gorge in the adjoining rebel province of Abkhazia, and part of the adjacent river valleys of Kuban and Baksan of Russia.

Na Grécia da antiguidade, somente os proprietários, pela relativa abundância que lhes conferia o rendimento obtido pela exploração dos seus - ainda que por vezes exíguos - terrenos, podiam andar com arma e de armadura, símbolos do pleno direito à cidadania e voto na matéria, porque igualmente ónus do chamado à batalha. Fazia algum sentido? Não sei, mas seguramente fará mais do que aquilo que actualmente se passa neste projecto preparativo de plutocracia made in Alcochete.
A esquerda hermética, esse baluarte de tolerância e reduto fortificado dos defensores da liberdade - desde que esta imbua de intocabilidade qualquer indivíduo, organização ou crença minoritária ou obscurantista, pelo simples facto de o serem - vem tomando de assalto, paulatinamente, as mentalidades, os hábitos, as definições, os instintos por enquanto ainda reactivos da populaça.
Desde que começámos a viver em redoma comunal, deixou de ser seguro para um homem livre esboçar comentários que visem reduzir às suas expressões patéticas as formas de ser dos fundamentalistas, sejam eles muçulmanos, pretos, amarelos, roxos, ou de qualquer outra minoria (que rapidamente passará a ser maioria, mas não, desenganem-se que não assistiremos a inversão alguma de atitudes por parte dos campeões da igualdade) e mais ainda, preocupa-me assistir à degradação anestesiada da individualidade dos miúdos, na escola, bombardeados com "assunções de facto" às quais não sabem se hão-de fazer o acto de contrição para chegarem ao 12º em tempo útil, ou de enveredar pelo repúdio granjeando assim mais uns pontos de admiração por parte do colectivo, mas a troco de um futuro ainda menos risonho na via académico-profissional.
É gritante. Tudo acontece e ninguém faz nada, exactamente como antes daquele dia em que uns gajos quaisquer pegaram nuns tanques e mandaram umas bombocas para o ar. Assusta quem ainda une a memória à intuição racional.
Já sabíamos que um branco que apalpa uma preta é racista, ao passo que um preto que apalpa uma branca é um pobre recalcado vítima da descolonização apressada. E que um árabe que bombardeia uma escola é um mártir da causa tolerante, enquanto um italiano que fica sem pernas no Iraque é um cão invasor. O que eu ainda não sabia mas descobri hoje é que um homem que ganhe a razão num debate com uma mulher é decerto um porco chauvinista, mas que uma mulher decidindo sobre uma vida que não lhe pertence, e só por ser mulher, tem de ser tida em conta de ícone libertário.
Está tudo fodido.
Um Nazi não deixa de ser homicida por achar que um judeu não é humano.
Se me vierem dizer,

"Eu sou contra o aborto e até acho que está ali uma vida humana. Mas não devo impor esta minha opinião aos outros. Tem de haver liberdade para decidir."

(muitas pessoas votarão "sim" no próximo referendo com esta posição - acham que em tema tão decisivo para a vida da mulher deve dar-se liberdade)


Oh senhores. O mais espantoso neste raciocínio é que este é o único campo em que é aplicado. Em todos os outros aspectos sociais ninguém raciocina deste modo.


Andava à procura desta ao tempo.


The woman in blue, shes asking for revenge,
Man in white — thats you — says he has no friends.
The river is swollen up with rusty cans
And the trees are burning in your promised land.
And there are no letters in the mailbox,
And there are no grapes upon the vine,
And there are no chocolates in the boxes anymore,
And there are no diamonds in the mine.

Well, you tell me that your lover has a broken limb,
You say youre kind of restless now and its on account of him.
Well, I saw the man in question, it was just the other night,
He was eating up a lady where the lions and christians fight.

And there are no letters in the mailbox
And there are no grapes upon the vine,
And there are no chocolates in the boxes anymore,
And there are no diamonds in the mine.

(you tell them now)

Ah, there is no comfort in the covens of the witch,
Some very clever doctor went and sterilized the bitch,
And the only man of energy, yes the revolutions pride,
He trained a hundred women just to kill an unborn child.

And there are no letters in the mailbox,
Oh no, there are no, no grapes upon your vine,
And there are, there are no chocolates in your boxes anymore,
And there are no diamonds in your mine,
And there are no letters in the mailbox,
And there are no grapes upon the vine,
And there are no chocolates in your boxes anymore,
And there are no diamonds in your mine.


( Leonard Cohen - Diamonds In The Mine)
E ainda falam da Igreja...!!!


Recebi hoje na caixa do correio um panfleto do Sim. A origem é desconhecida mas o discurso é amplamente conhecido. O papelucho rezava assim:

"Dia 11 vota SIM, por uma vitória da esquerda. Pela vitória das mulheres operárias e oprimidas. Pela vitória de quem anseia por um direito a dispor do seu próprio corpo.

A vitória do SIM é a garantia de que a revolução de Abril se encontra ainda viva nesta nossa sociedade corrupta e opressiva. Dia 11 diz que SIM ao direito a interromper voluntariamente a gravidez. Dia 11 diz que SIM ao financiamento público da IVG.
Aparece Sexta-feira na Estufa Fria para mostrar que somos mais que muitos."

Depois de uns quantos telefonemas percebo que não sou caso único. Estou cada vez mais convencido do meu Não. Faltam menos de 3 dias.

7.2.07



Substituir o nome do gajo por "Aborto?"
Da MáquinaZero chegam-nos as novas da frente:

  • Rui Marques, essa figurinha caricata que desempenha funções (?) de Alto Comissário para a Integração e Minorias Étnicas, apela a que se fechem consulados em França e abram consulados nos países de onde nos chegam imigrantes. Muito bem. Os portugueses que se lixem em proveito dos estrangeiros. Gand’a Rui Marques! Quase bate aos pontos o Daniel Oliveira, o homem que quer ver os portugueses substituídos pelos imigrantes.
  • Um líder muçulmano, inglês, afirma que a Inglaterra se está a transformar num estado policial e que os muçulmanos estão a ser tratados como os judeus, no tempo de Hitler. Como habitualmente, os muçulmanos cospem no prato de quem lhes dá de comer.
  • É pena que o Correio da Manhã não tenha colocado, nesta notícia na Net, um detalhe que colocou na sua edição impressa: a matriarca do tráfico de droga no Bairro da Sé, que residia noutro local e ali se deslocava apenas para vender droga, só o fazia depois das 22h00. Porquê? Ó almas ingénuas, então não sabem que os traumas dos “esquerdalhos” os levaram a limitar a hipótese de buscas policiais em residências suspeitas, entre as 22h00 e as 6h00 da manhã? Qualquer bandido que se preze sabe que pode estar descansado, em casa, durante esse horário. Obrigado, gente de Esquerda!
  • Estes amigalhaços estão a comprar lenha para se queimarem. A Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) vai criar um site para denunciar situações em que ocorram crimes públicos (pedofilia, violência extrema ou xenofobia). Já estou a imaginar os “esquerdalhos” todos a vasculharem a rede e a encherem o site de denúncias contra blogues que não sejam vermelhuscos. Eu, logo que o site seja activado, vou apresentar uma queixa contra o Público. Tem artigos de opinião que são pornográficos…
  • “Hanoi Jane”, a norte-americana que se sentou no banco do apontador de uma bateria anti-aérea, utilizada para abater pilotos norte-americanos, está de regresso. Fiel à sua ausência de coluna vertebral, Jane Fonda encontrou mais uma guerra onde pode colocar-se ao lado de quem mata os seus compatriotas. Há gente a quem nem a idade consegue trazer bom-senso.
  • Os conselhos aos imigrantes, dados pela municipalidade de uma cidade canadiana, colocaram os cabelos da Esquerda em pé. Compreende-se, porque não há gente mais racista que a de Esquerda, quando toca à questão das mulheres. Por cá, pela Europa, exigem uma igualdade absurda, que vai ao ponto de definir quotas. Mas se a questão disser respeito a gente não-branca, já aceitam tudo, em nome do respeito pela cultura dos outros. Ora, que mal há em avisar os imigrantes que, no Canadá, é proibido apedrejar mulheres até à morte ou desfigurá-las com ácido, como é tradição no Paquistão?
Escreveu, ainda, Patrícia Lança que


"A revoltante posição de Rothbard lembra-me a de uma militante comunista inglesa que conheci nos longínquos tempos em que o aborto era ilegal no Reino Unido e severamente penalizado. Uma mulher quarentona, ela gabava-se de ter feito quarenta e tal abortos. “Porque gastar dinheiro e esforços em procurar contraceptivos,” argumentava, “quando posso, por rotina, consultar a minha médica (camarada) três em três meses? Afinal, trata-se de livrar-me de uma parasita.” Recordo sempre essa pessoa quando ouço as palavras piedosas de certas portuguesas de esquerda que afirmam despudoradamente que nenhuma mulher encara o aborto de ânimo leve. É falso. As irresponsáveis estão sempre entre nós. E os homens irresponsáveis também. Deixando de lado os argumentos morais do André, e outros apoiantes do "Não" com os quais concordo, mas que serão discutíveis para alguns, o que é de recusar é que o contribuinte seja obrigado a subsidiar a irresponsabilidade."


Muito bem, Patrícia. O exemplo que cita é esclarecedor E REPRESENTATIVO, está à vista para quem quiser vê-lo não podendo ser refutado por juízos de valor, aquém do que é factual. O risco - calculado - de falha na contracepção tem de ser aceite como tal. Não conheço ninguém que, multado por ir a 200, pretenda ser despenalizado com base em dificuldades económicas, sociais, nem muito menos por reivindicar o direito a usar os seus pés para aplicar a pressão que bem entender no acelerador.
Rodrigo Adão da Fonseca, no Blue Lounge, escreve hoje


Fico com a sensação que o PS foi preguiçoso, deixou-se arrastar pelo estilo festivo e mediático, mas ao mesmo tempo vazio, de uma esquerda mais dogmática, convencido que bastaria acenar com a "tese penal" para que os portugueses corressem atrás do "Sim". Só que, passado o brilho dos foguetes, ficou claro que em Portugal, por aborto, só há mulheres algemadas e presas nos tempos de antena do Bloco de Esquerda, e que a previsão criminal, nos termos em que ela se assume, sendo desajustada, acaba por ser, friso, para boa parte do eleitorado, uma questão menor face às causas do aborto, aquelas que verdadeiramente são fonte de preocupação: a pobreza, a ignorância, as dificuldades que os jovens têm hoje em formar família, a ansiedade e o medo no futuro, o machismo que reprime as mulheres e as condena a soluções que contrariam a sua vontade. Questões para as quais o poder político não foi – nem tem sido – capaz de conjugar respostas.

6.2.07

Qual é o direito que a mulher quer proteger quando realiza uma IVG? A sua vida? Se é realmente a sua vida que está em causa, essa situação já está regulamentada e não é objecto deste referendo. Ou seja, não se põe o problema da vida da mulher grávida terminar. Então, o que estará em discussão são as condições em que a vida dessa mulher irá prosseguir. O que está em debate é a qualidade de vida dessa mulher. E assim sendo, é minha opinião, que esse valor não pode nunca sobrepor-se ao direito à vida, ao direito a nascer do feto. Compreendo que haverá situações em que as condições de vida de uma mulher grávida se possam degradar substancialmente. Mas, a mulher não deveria estar sózinha nesse combate. Em primeiro lugar tem de ser, mesmo que coercivamente, auxiliada pelo pai da criança. Em segundo lugar deve poder contar com o apoio da sociedade. Agora o que não pode e não deve ser posto em causa é o direito de outrém (o feto) nomeadamente o seu direito à existência.

Carlos Osório, aqui.
Atenção à opinião expressa ontem no Prós e Contras pela Drª Célia Neves, que falou da prorrogação mais que provável dos prazos aquando da entrada de uma grávida para execução de um aborto, e por causa, bom, de estarmos em Portugal - a grávida entra lá às 9 semanas e fará o aborto, mas somente quando toda a papelada, pessoal e demais requisitos estiverem conformes, às 15, 16 ou 24 semanas. O país é real, o humano indefeso é real e a estupidez do Sim cada vez mais real.

5.2.07

E afinal a geração rasca existe e veio 15 anos atrasada. É risível este nervoso miudinho, esta mediocridade achincalhante, em matilha que só sabe ser matilha e perde o norte sem os líderes, da "geração Sim". Ataques ad hominem, argumentos próprios das coortes jesuítas, intervenções à pintas do IC19. De chorar a rir, na verdade.
Reproduz-se integralmente o artigo de Paulo Marcelo no Diário Económico de hoje.


"Tenho acompanhado o debate do aborto e os argumentos de ambos os lados. O problema é difícil e mexe com as nossas convicções mais profundas. Com o referendo já este domingo, aqui ficam as três razões essenciais do meu “Não”.

A primeira razão é política. Começo por dizer que simpatizo com o argumento liberal de que o aborto é um assunto da mulher e que, por isso, o Estado não deveria envolver-se na questão. Acontece, porém, que ao contrário de outros temas onde a liberdade individual deve ser soberana, no aborto existe uma outra realidade a que não podemos fugir. Como disse Norberto Bobbio, “No caso do aborto há “outro” no corpo da mulher. O suicida dispõe da sua própria vida. Com o aborto dispõe-se de uma vida alheia”.

Pesando pois os valores fundamentais que estão em causa no problema do aborto voluntário - a liberdade de escolha da mãe e o direito à vida do feto - não posso deixar de optar pelo direito à vida. Amo a liberdade e defendo que o Estado não deve olhar pelo “buraco da fechadura”, mas neste caso a situação é distinta. Não está apenas em causa a “esfera privada” da mulher, pois existe um outro ser que precisa de ser protegido. Bem sei que, de modo geral, a mulher não abortaria por motivos fúteis. Mesmo assim não faz sentido que ela possa decidir sobre a vida do “outro” que leva dentro de si. Isso seria negar o mínimo de dignidade à vida intra-uterina.

A segunda razão é jurídica. Na pergunta do referendo está mais em causa do que uma mera despenalização do aborto, o que já acontece na lei actual em quatro situações (perigo para a vida ou para a saúde da mulher, malformação do feto, doença grave e incurável do feto ou gravidez resultante de violação, art. 142.º C.Penal). Por isso, quem defenda uma posição equilibrada já a pode encontrar na lei actual, não na liberalização do aborto até às dez semanas. Essa alteração obrigaria o Estado a organizar-se para garantir o “aborto a pedido” nos hospitais ou clínicas privadas. Por isso, aqueles muitos daqueles que são contra a penalização das mulheres não aceitarão que o Estado colabore e financie a prática do aborto.

O sistema jurídico deve ser coerente e enviar os sinais correctos para a sociedade (função pedagógica e de prevenção geral da lei). Por isso, apesar de tudo, o aborto deve manter-se como crime. A tendência recente do direito português vai no sentido do agravamento das penas, veja-se o direito rodoviário ou os crimes contra o ambiente. Qual o sentido de ser crime fazer um ‘download’ de uma música ou destruir ovos de cegonha, mas não destruir um feto com dez semanas?

A lei portuguesa permite distinguir o “erro” da pessoa que erra, conciliando firmeza na condenação da conduta, com compreensão para com aquele que a pratica. Só os juízes o podem fazer, tendo em atenção as circunstâncias atenuantes. Desconfio pois da argumentação algo “populista” que coloca em causa a legitimidade dos tribunais para aplicar a lei. Recordo que há mais de 30 anos nenhuma mulher é presa por ter abortado e que a enorme maioria nem sequer chega a ir a tribunal. E não se diga que a lei não é aplicada, esquecendo que a importância da lei está no “dever ser” que impõe à sociedade e não na aplicação de sanções (último recurso).

Note-se, ainda, que esta alteração legislativa não resolveria os “julgamentos” ou o aborto clandestino que, infelizmente, continuaria depois das 10 semanas ou fora dos “estabelecimentos autorizados”. O combate ao aborto clandestino não se faz pela legalização, mas sim apoiando seriamente a mulher grávida dando-lhe outras opções que lhe permitam manter a vida que leva dentro de si.

A terceira razão é existencial, talvez por isso mais fácil de explicar. Vi uma ecografia em três dimensões de um feto às 10 semanas. Foi uma experiência muito forte, onde observei o movimento das mãos e dos braços e ouvi o batimento do coração. Desde esse momento fiquei com a convicção profunda deque ali está “alguém” como eu. Aquele ser pode ser mais ou menos “desejado”, mas é único e irrepetível. Apesar de não ter voz para gritar merece ser protegido.

Depois de ouvir os argumentos do “sim” sobre a humilhação da mulher exposta a ser julgada, tenho de concluir que a maior das “humilhações” seria a do feto a quem não se reconhece a existência e o direito a viver."

Esta no Small Brother está muito boa:

Um grupo de pessoas passeia-se perto de um precipício. A certa altura, a pessoa X desiquilibra-se desequilibra-se, cai e agarra-se à pessoa Y de tal forma que fica dependente dessa para sobreviver. Se a pessoa Y resolver conscientemente largar a pessoa X, deverá ser punida criminalmente por isso?

a) Não, porque a pessoa Y não estava consciente que ao passear pelo precipício lhe poderia acontecer aquilo e, além disso, é dona do seu corpo e deve ser livre de fazer o que quiser com ele.

b) Não, mas apenas se a largar até 10 segundos após ter sido agarrada.

c) Sim, excepto no caso em que por agarrar a pessoa X, a vida da pessoa Y fique em perigo.

d) Sim, excepto se a pessoa Y tiver uma deficiência grave ou fôr mesmo muito feia (certamente não valeria a pena viver nesse caso, provavelmente até se suicidou, coitada...)

e) Sim, em todos os casos.

Novembro, 1975

Two days earlier, Pasolini had been killed. He had written,

"There is a grave danger - the poet and scholar warns us - that threatens the Radical Party just because it is responsible for great victories in gaining civil rights. A new left-wing conformism is ready to appropriate your battle for civil rights "creating a contest of false tolerance and false laicism". It is precisely the Radical culture of civil rights, the Reform, the protection of minorities that will be used by intellectuals of the system as a violent and oppressive terrorist force. In brief, power is on the point of assuming intellectual progressists as its own clerics. Pasolini's premonition came true, not only in Italy, but in the rest of western society where, precisely in the name of progressism and modernism, a new class of totalizing and transformist power was affirmed, certainly more dangerous than the traditional conservative classes. Against all this - Pasolini concluded, I believe that you should do nothing but continue simply to be yourselves: which implies continuing to be unrecognisable. Forget your great triumphs immediately and continue unperturbed, obstinate, eternally contrary, to claim, to want, to identify yourselves with the different, to scandalize, to blaspheme."

Pier Paolo Pasolini disse ainda

"Estou porém traumatizado pela legalização do aborto, porque a considero, como muitos, uma legalização do homicídio. Nos sonhos e no comportamento quotidiano - coisa comum a todos os homens - eu vivo a minha vida pré-natal, a minha feliz imersão nas águas maternas: sei que já lá eu existia. Limito-me a dizer isto porque, a propósito do aborto, tenho coisas mais urgentes a dizer. Que a vida é sagrada é óbvio; é um princípio ainda mais forte do que qualquer princípio da democracia, e é inútil repeti-lo."

"Não há nenhuma boa razão prática que justifique a supressão de um ser humano, mesmo que seja nos primeiros estádios da sua evolução. Eu sei que em nenhum outro fenómeno da existência há tão furiosa, tão total e essencial vontade de vida como no feto. A sua ânsia de realizar as suas potencialidades, percorrendo fulminantemente a história do género humano, tem algo de irresistível e por isso de absoluto e de jubiloso. Mesmo que depois nasça um imbecil".
A propósito da rábula insidiosa dos Gato Fedorento (cujo mérito regabófoteatral não discuto, embora gostasse de saber como conseguiriam satirizar a morte de uma ou duas das mãezinhas deles com a mesma veemência), escreveu hoje CN:

Já repararam que um par de estaladas está sujeito a pena de prisão até 3 anos?

Quantas estaladas são dadas por ano em Portugal?

Quantas delas resultam em penas de prisão? As poucas que resultam em tribunal devem provavelmente acabar em… pena suspensa. Humm … como o Aborto.

Bem, é a “tal” questão.

É crime?
Sim.
Acontece-me alguma coisa?
Nada.

Talvez uma campanha pela despenalização da estalada?

A dramatização feita pelo "Sim" sobre o estatuto de "Criminoso" e a "Pena de Prisão" é na verdade, um pouco ridícula.

E já agora, mudando de assunto ou talvez não. Proponho modestamente um argumento para os Gatos Fedorentos a propósito da actividade de fumar.

Então fumar é crime?
Não.
Então posso fumar?
Não.
Mesmo no meu Restaurante?
Não.
Mas é crime?
Não.
E tenho uma pena se o praticar?
Sim.

4.2.07

Carthago delenda est.

"Ontem, um grupo de representantes de movimentos cívicos pelo ‘não’ lançou um desafio a “instituições, aos deputados, às forças políticas e sociais”: “... que consagrem um novo quadro legal que, sem desproteger a vida em desenvolvimento, afaste as mulheres do tribunal, dos julgamentos e da prisão”, apelaram num documento apresentado publicamente. Esta é uma proposta da autoria das deputadas socialistas Rosário Carneiro e Teresa Venda, que se encontra na Assembleia da República desde 2004 mas que ainda não avançou por questões “político-partidárias”."




Sócrates recusou, com a prepotência fleumática que o caracteriza e que granjeou a admiração das camadas mais imediatistas da população votante (45% de 50%, portanto 22.5% da malta que anda por aí, o que não chegaria para mandatar alguém, com seriedade, mas que em Portugal passa por maioria absoluta indiscutível, decerto a bem do progresso - que é como sabemos um método colectivo...)
"Percorrendo o argumentário do sim, tenho por vezes a impressão de que muitos dos seus campeões estão interessados numa espécie de nacionalização do aborto, muito mais do que na sua descriminalização ou na sua despenalização. Ao passo que outros tratam sobretudo de agitação social e política, ao promoverem uma questão “fracturante”, que lhes serve tanto no plano da actividade subversiva quanto no da afirmação identitária, assaz problemática nestes nossos tempos em que partes maiores da direita e da esquerda tendem frequentemente a encontrar-se ao centro noutras matérias, a começar pelas económicas e sociais…"

(Manuel de Lucena, que se posiciona do lado do "sim"; só lhe falta um bocadinho, mais um esforço e verá o resto da verdade)
These are the last things before me. And as I stand here at the door of glory, I look behind me for the last time. I look upon the history of men, which I have learned from the books, and I wonder. It was a long story, and the spirit which moved it was the spirit of man's freedom. But what is freedom? Freedom from what? There is nothing to take a man's freedom away from him, save other men. To be free, a man must be free of his brothers. That is freedom. That and nothing else.

At first, man was enslaved by the gods. But he broke their chains. Then he was enslaved by the kings. But he broke their chains. He was enslaved by his birth, by his kin, by his race. But he broke their chains. He declared to all his brothers that a man has rights which neither god nor king nor other men can take away from him, no matter what their number, for his is the right of man, and there is no right on earth above this right. And he stood on the threshold of freedom for which the blood of the centuries behind him had been spilled.

But then he gave up all he had won, and fell lower than his savage beginning.

What brought it to pass? What disaster took their reason away from men? What whip lashed them to their knees in shame and submission? The worship of the word "We."

...

Here, on this mountain, I and my sons and my chosen friends shall build our new land and our fort. And it will become as the heart of the earth, lost and hidden at first, but beating, beating louder each day. And word of it will reach every corner of the earth. And the roads of the world will become as veins which will carry the best of the world's blood to my threshold. And all my brothers, and the Councils of my brothers, will hear of it, but they will be impotent against me. And the day will come when I shall break the chains of the earth, and raze the cities of the enslaved, and my home will become the capital of a world where each man will be free to exist for his own sake.
For the coming of that day I shall fight, I and my sons and my chosen friends. For the freedom of Man. For his rights. For his life. For his honor.

And here, over the portals of my fort, I shall cut in the stone the word which is to be my beacon and my banner. The word which will not die, should we all perish in battle. The word which can never die on this earth, for it is the heart of it and the meaning and the glory.

The sacred word:

EGO



(Ayn Rand, "Anthem")

Soltas, 1

"o que me faz confusão é uma certa sociedade querer opinar sobre o destino de um embrião mas depois está-se nas tintas para a criança"


pior é serem capazes de dizer "só é util se for desejado, nós os senhores da verdade colectiva vaticinamos que se nao for desejado vai ser um inferno, a sua vida!"
Como confiar num Estado que encerra maternidades e financia clínicas de aborto?
ha bocado li um comentario num blog que sumariza bem a estupidez das maiorias:

"se os defensores do nao consideram um embriao um ser vivo isso é problema deles"

ora o ser pusilânime que escreveu isso devia ser electrocutado sem delongas.

2.2.07

Não é uma questão. São quatro.

Despenalização? Sim.
Opção? Não.
10 semanas? Não.
Pago pelo Estado? Não.
Fere libenter homines id quod volunt credunt .
Contado quase em directo por um amigo e ex-colega.

Estava então o meu amigo ali a cortar o cabelo, no barbeiro da esquina, a um sábado, e entra um antigo colega seu da faculdade, todo engravatado, e com um ar de perfeito demente acerca-se dele com o rosto esbugalhado e diz,

"Épáatãohácatemposcanãoteviaeuagoratounaempresataletuoquéquetázafazerhã????"

Ao que o meu amigo respondeu,

"Estou a cortar o cabelo e depois vou com os putos ao cinema..."

Reza a lenda, ainda, que o outro gajo não percebeu a resposta.
O MNE diz que Kim Jong-nam não tem passaporte português, num tom a roçar o ultrajado. Parece que a notícia é vista, assim, como uma ofensa.

E se referendássemos qualquer coisa a propósito dessa notícia? Sei lá, podíamos argumentar que é uma violência sobre os orientais, e que ter regras de segurança cumpridas com bom rigor dá uma péssima imagem de Portugal, que assim passaria por uma país opressor e imperialista, tentando impor ao resto do mundo as suas convicções atávicas… Naaah, isto não seria imaginável… mesmo pela Ana Sá Lopes ou qualquer outra luminária do mesmo calibre… seria?

Oh meus amigos.
Como escreveu hoje Jacinto Lucas Pires,

Outra espécie de argumento consiste em dizer-se que o lado do "não" tenta impor as suas convicções a todos, ao passo que o do "sim" oferece a liberdade de escolha a cada um. A afirmação, que roça o antidemocrático, é inconsistente. Num referendo - por definição - escolhe-se. Não se trata de "impor" convicções a ninguém.
...
no plano político, esta parece-me das mais graves rendições da esquerda: a aceitação tácita de que o mundo, afinal, não é transformável e que, portanto, em nome da "falsa tolerância" de que falava Pasolini, o melhor é facilitar.

Não.

1.2.07

O post que se segue é uma manta de retalhos tecida com matéria-prima deste e daquele, blogs e amigos, temperada com o meu vinagre para enchimento à laia de trolha.



O argumento de que a lei não deve punir uma determinada conduta porque tal conduta não é moralmente sancionada pela maioria da comunidade é um bom argumento jurídico, mas totalmente irrelevante neste momento.

A comunidade também produziu um largo consenso acerca da necessidade de a questão se resolver mediante referendo (já que, em grande medida, o que se pretende é averiguar da vigência social da consulta anterior). Logo, a "consciência social maioritária" acha que a "consciência social maioritária" só será efectivamente conhecida com os resultados de dia 11.

O que dirão os defensores do "sim" que remetem para este argumento se o "não" vencer? Que o povo, estúpido como sempre, não sabe sequer que aquilo que pensa não é aquilo que pensa? Que a "consciência social maioritária" não sabe qual é a "consciência social maioritária"? Que mais valia que o povo descansasse e deixasse os destinos do país nas engenhosas e cuidadosas mãos do Daniel Oliveira?

Se o feto de 10 semanas é uma coisa, como diz Lídia Jorge, uma das sumidades intelectuais do Sim, e não um ser humano desde o momento da concepção, quando ocorre o momento mágico em que ele se transforma em vida humana? Que sinais podemos ter desse momento? Por exemplo, o ex-feto, olhar para o ecógrafo, esticar o polegar, e dizer, entre bolhas de líquido amniótico, «Já tenho sistema nervoso central»? E já agora, sendo coisa, será a ela que os poetas se referem quando falam na «coisa amada»?

Foi confrangedor ouvir os argumentos pelo SIM de Rui Rio ontem, na SIC - Notícias.
Rui Rio considera que a mãe aborta a pensar nos interesses do filho abortado. É um favor que a mãe lhe faz, portanto, a mãe defende o filho abortando-o e não o pondo neste mundo. E ele nem precisa de lhe agradecer.

Rui Rio afirmou até que diria à sua própria mãe que preferiria que ela tivesse abortado, acaso ela não o quisesse ter tido.

O que Rui Rio não compreende é que ele só poderia dizer isso à sua mãe se esta não o tivesse abortado pois se ela o tivesse abortado, Rui Rio não tinha possibilidade de lhe dizer coisa alguma, nem sequer lhe poderia agradecer a original defesa dos seus - de Rui Rio - interesses.

É por haver pessoas que pensam como Rui Rio, é por haver pessoas que não têm pudor de afirmar que estão a defender os interesses das crianças, ou dos embriões, eliminando-as, que o aborto a pedido NÃO pode passar. Com pessoas assim isto NÃO pode passar!

A pergunta do referendo no fundo engloba várias questões, o que a meu ver é grave porque baralha as coisas: 1 a despenalização das mulheres; 2 a despenalização de quem se dedica ao negócio (deste modo o aborto clandestino vai continuar e até aumentar porque muitas continuam sem querer dar o nome no Serviço Nacional de Saúde); 3 a liberalização total e absoluta do aborto até às 10 semanas sem necessidade de invocar quaisquer razões (o que torna as mulheres muito mais vulneráveis às pressões dos familiares e entidades patronais); 4 a obrigatoriedade do estado em financiar o aborto (em detrimento de outros tratamentos médicos à população em geral, que como sabemos já é muito mal servida).

Porque é que estou contra ? A questão fundamental é porque desde a concepção que está ali uma pessoa, seja ela perfeita ou não, seja ela desejada ou não. Não temos o direito de a matar em qualquer circunstância, no meu entender nem mesmo no caso de violação. Para mim o aborto só se devia praticar em caso de risco de vida para a mãe. O aborto também não é um método de contracepção. Não acredito que haja alguém que não saiba, hoje em dia, que pode engravidar se tiver relações sexuais. As pessoas arriscam e pensam que não vai acontecer com elas e assim continua a desresponsabilização.

No entanto sei que é impossível impor esta posição, que seria a ideal, pois a maioria das pessoas vê as coisas do ponto de vista imediato.

O que acontece se o Não ganhar ? Mantém-se a lei actual que, embora como já disse, não seja para mim a lei ideal, é uma lei equilibrada.

Em primeiro lugar o que acontece às mulheres ? A lei actual prevê para as mulheres que praticam aborto a pena máxima de 3 anos. No entanto, apresenta várias excepcões: mal-formação do feto, violação, risco de vida para a mãe e risco de saúde incluindo a saúde psíquica, o que permite invocar um leque muito grande de razões. Uma mulher que neste quadro jurídico se proponha abortar falará do seu problema com os técnicos de saúde que na situação desejável a tentarão ajudar a ponderar. Nao tenho a certeza que isto funcione da melhor forma mas pelo menos é melhor do que fazer as coisas a despachar e sem qualquer reflexão.
O que tem acontecido às mulheres que praticam aborto clandestino ? À portuguesa, muito poucas foram julgadas e tanto quanto sei nenhuma foi incriminada. Portanto todo esse alarido à volta das mulheres é desproporcionado. A lei actual confere assim maior protecção ao feto.

O que acontece a quem se dedica ao negócio ? Aqui a lei actual tem mão pesada e a meu ver muito bem. Pois se as razões para provocar aborto legal são bastante abrangentes não se justifica o aborto ilegal. E as parteiras, essas sim, põem de facto em grande risco, se não a vida, pelo menos a saúde física e psíquica das mulheres.

Também não concordo que o Estado pague a quem fazer o aborto só porque sim.

A nossa lei actual é semelhante à que existe pelo menos em Espanha e Alemanha. A que se pretende aprovar que eu saiba não tem paralelo na Europa.

Eu também não consigo julgar uma mulher que pratique aborto. Se alguém viesse ter comigo com esse problema, tentaria demovê-la de fazê-lo e tentaria ajudá-la o mais possível. Se mesmo assim persistisse e o fizesse, nem por isso deixaria de lhe oferecer apoio e amizade. Esse caso nunca se me apresentou directamente. Provavelmente conheço algumas que o escondem de tudo e de todos porque particar aborto é mesmo uma coisa traumática. Por outro lado, conheço várias mães solteiras que tiveram a coragem de continuar com as suas gravidezes e nenhuma se arrependeu, por mais difícil que tenha sido a situação. Todas estão contentes com as suas crianças, mesmo que actualmente a vida lhes seja difícil. Uma parte delas casou com outros homens que perfilharam as crianças como suas.

A vida tem muito mais saídas que a morte, que é irremediável.



Apetece-me desmontar o argumento do "eu confio na mulher, que não faz um aborto levianamente, por isso voto sim".

É tão simples que chateia.

Não faz? Qual mulher? Esta? E quanto àquela? Estão dentro da cabecinha de todas as mulheres? Conhecem a realidade fora dos gabinetes e do carrinho com ar condicionado? Confiarão igualmente que mulher alguma deitaria crianças no caixote do lixo, claro. E uma prostituta, uma drogada, ou uma assassina são todas vítimas da sociedade. Todos e todas, umas vítimas.

Despenalizem então a cópia "ilegal" de música; proíbam a SportTV de cobrar o fornecimento do serviço; legalizem o consumo de drogas, duras e leves; acabem com o limite de alcoolemia ao volante; vão-se todos, e todas, para a origem, para quem não vos abortou, e deixem-se lá estar.

Portugal ao mesmo nível da América Latina, nos salários, credibilidade e tolerância!

01.02.2007 - 09h04 PUBLICO.PT

Kim Jong-nam, o filho mais velho do líder norte-coreano, vive em Macau e tem passaporte português, avança a cadeia de televisão sul-coreana YTN.

...

Em 2001, sabe-se que foi deportado do Japão por ter entrado no país com um passaporte falso da República Dominicana. Na altura, Kim Jong-nam justificou-se, dizendo que estava apenas a tentar visitar a Disneylândia de Tóquio. O jornal South China Morning Post, de Hong Kong, afirma também que Kim Jong-nam viaja com passaportes de Portugal e da República Dominicana.


Sabe-se ainda que os salários auferidos por uma população são, de acordo com Manuel Pinho, directamente proporcionais à competitividade, mesmo num mundo infoglobalizado, onde o teletrabalho e a deslocalização já são endémicos há quase uma década.

Não importa que um Finlandês, para um custo de vida pouco superior no cabaz de compras essencial e com uma protecção social INCOMPARÁVEL COM A OFERECIDA EM PORTUGAL, por um lado aufira no mínimo o triplo de um português, e por outro NÃO GASTE metade sequer com a saúde, educação, consumo energético e comunicações.

É pá, façam-me um favor, ganhem vergonha e arrumem de vez com a fantochada das eleições.






There's colors on the street
Red, white and blue
People shufflin' their feet
People sleepin' in their shoes
But there's a warnin' sign on the road ahead
There's a lot of people sayin' we'd be better off dead
Don't feel like Satan, but I am to them
So I try to forget it, any way I can.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

I see a woman in the night
With a baby in her hand
Under an old street light
Near a garbage can
Now she puts the kid away, and she's gone to get a hit
She hates her life, and what she's done to it
There's one more kid that will never go to school
Never get to fall in love, never get to be cool.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

We got a thousand points of light
For the homeless man
We got a kinder, gentler,
Machine gun hand
We got department stores and toilet paper
Got styrofoam boxes for the ozone layer
Got a man of the people, says keep hope alive
Got fuel to burn, got roads to drive.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.