12.4.07

Tratemos, pois, de reproduzir alguns dos comentários de hoje no blogue Do Portugal Profundo, para cuja importância aponto, dado que também eu, ao sair hoje à rua, me deparei com um cenário torpe, pejado de tibieza, em que toda a gente parecia contente por viver novamente sob a canga da Ditadura.

- Certificado de Habilitações - Entregou-o, conforme confirmou, em Junho/Julho de 1996, tendo-se inscrito em 1995. Só aqui já houve favorecimento! Se eu chegar a uma escola qualquer e disser: "Eu tenho o 11º ano, quero inscrever-me" todas as funcionárias se riem! E com razão! é a mim que cabe o ónus da prova em relação ás minhas habilitações.

- Professor(es) - Teve uma turma especial para ter Inglês Técnico com o Reitor, que era uma cadeira do 1º ano, leccionada por outro professor. Não é favorecimento? Teve as restantes cadeiras (4) com outro professor, que lhe deu dois 17 e dois 18, e que era seu colega no governo guterres e mais tarde fez parte do seu governo. Estranho? Não é nada...

- Conhecimentos - Afirmou claramente que não conhecia o professor em questão antes deste lhe dar aulas, mas este havia sido seu docente tambem no ISEL. Não o conhecia anos depois quendo o nomeou, através do seu ministro, para director das finanças do ministério da Justiça (grande Engenharia). Este senhor viria mais tarde a demitir-se devido a um escândalo convenientemente abafado de ter nomeado uma senhora brasileira que era criada de mesa para chefe do seu gabinete. Caricato.

- Equivalências - Pediu 25 e obteve 26. Espectáculo. Mas melhor ainda é que faltavam 12 disciplinas e passaram a faltar 5! Mais espectáculo ainda! E deram-lhe as equivalências sem certificado de habilitações entregue, como ele próprio admitiu e achou "normal" com um papel que ele entregou ao reitor Arouca, com o plano de equivalências que ele (Sócrates) achava correcto...

- Titulos - Isto é o menos importante. Se usou do titulo de Engenheiro ou não, é irrelevante. Como ele diz, é um titulo "social". Mas trabalhou em Castelo Branco ou na Covilhã entre 1981/82 até 1987, como engenheiro. Isto é um bocadinho mais grava.

- Falsificação de documentos - Na inscrição da Assembleia, nota-se claramente 2 acrescentos: Na profissão, de "engenheiro civil" para "técnico de engenheiro civil" e nas qualificações, de "Engenharia Civil" para "bach engenharia civil". Diz ele que aquilo foi correcção feita na hora. E porque não foi destruida a que estava errada?

Para já é do que me lembro. As pessoas que o defendem incluem-se, para mim, num ou mais de 3 grupos:

- Não funcionários publicos que têm inveja daqueles que o são. Eu não sou mas tambem não tenho inveja. Desde que tenha trabalho... coisa que mais de meio milhão de portugueses não tem... E adoram que este esteja a cascar nos FP.

- Boys que gostam muito da maneira como o sistema funciona.

- Pessoas que ainda não estão informadas, porque não entendem não querem entender ou ainda que confundem toda esta polémica com o facto de estarmos preocupados com o facto do homem ser ou não Engenheiro.


Os antecedentes elucidam muito sobre a ausência completa de valores deste personagem . Não fiquei admirado com as marcas "civilizacionais" que refuta ter o seu governo deixado para a posteridade: aborto, inseminação e paridade.
Cada uma destas marcas tem que se lhe diga e não vale a pena escamotear a coisa. Se o aborto é um último recurso de um descuido não vejo como pode ser apodado de marca civilizacional; a inseminação insere-se, obviamente, num campo lodoso e confunde-se muito ou leva à eugenia finalmente a paridade é a consagração na lei da "desigualdade entre os sexos e contraria o preceito constitucional de garantia de ninguém ser prejudicado ou favorecida em resultado do seu sexo.
Que marcas civilizacionais!!!



O investimento estrangeiro está a abandonar Portugal, cresce o número de desempregados, aumentam os impostos, as pessoas já não têm dinheiro para as compras do mês , há miséria encoberta, é uma vergonha irem para a televisão dizer que estamos melhor quando toda a gente vê que estamos muito pior que há dois anos.
Ele não serve para 1º ministro de Portugal é um ditador em potência se não correrem depressa com ele vamos ter uma ditadura, desde o 25 de Abril que não se via nada assim em Portugal.


1 - É surrealista que uma Universidade, seja ela privada ou pública, aceite a inscrição de um aluno vindo de uma outra Universidade ou Instituto Público, concedendo-lhe equivalência a uma série de cadeiras, com base nas declarações feitas pelo próprio vertidas para um papel A4.
Mas será que alguém de boa-fé acredita que uma Universidade aceita uma inscrição com base em tais declarações??

2 - Por outro lado, José Socrates cometeu algumas, não muitas (até porque os entrevistadores não foram nem incisivos nem demonstraram estar exaustivamente preparados nem conhecedores de uma série de questões que têm vindo aqui a ser colocadas), contradições; uma delas é afirmar que foi para a UNI pelo prestígio que a mesma patenteava no curso que era o seu.
É que sabendo-se que a UNI só tinha o curso de Engenharia Civil há dois anos, como é possível formular e defender tal apreciação??
Obviamente que aqui José Socrates não disse a verdade.

3 - Acresce que, José Socrates afirmou ainda desconhecer, até então, o seu professor de 4 cadeiras de seu nome António José Morais.
Ora, pese embora não consigo factualmente, como se impõe, desmontar tal asseveração, não deixo de registar as minhas sérias dúvidas quanto à veracidade de tal afirmação.
No entanto, e face ao que POSTERIORMENTE foi aqui avançado por António Balbino Caldeira, resulta claro que José Socrates MENTIU, pois que não há ninguém, e aqui sublinho, ninguém, que não se lembre de um seu professor de Faculdade. Pode até suceder que não se lembre do seu nome, mas da figura não se esquece de cereteza.

4 - Para além disso, penso que José Socrates colcocou-se numa posição perigosa quando afirmou que não conhecia os seus dois professores da Uni até ter lá frequentado o resto do seu curso, na medida em que facilmente, como já aqui sucedeu, tal pode ser desmontado, e aí, não há tese possível que possa salvar a sua mentira.

5 - Considero muito suspeito que José Socrates tenha referido que o fax enviado ao reitor data de Novembro de 1996 e que o "desconsolo" a que aludia reportava-se ao facto de existirem dois diplomas legais que o impossibilitavam de aceitar o convite do reitor para que o dito pudesse lá dar aulas.
Muito suspeito mesmo, por duas razões:
1.A data está cortada no fax. Porque razão?
2. A tal incompatibilidade não existia à data.

6. Não sei se alguém se apercebeu que, quando José Alberto Carvalho lhe perguntou se ele tinha feito os exames em Agosto, José Socrates respondeu: Não, Não,fiz muito antes.
Ora, esta resposta foi de tal forma estranha que até José Socrates ficou nervoso com a sua própria resposta, pois abriu porta a que o jornalista lhe perguntasse: Quando é que os fez então?
Muito antes? No máximo teria feito em Junho. Mas isto já faz parte de uma das minhas percepções subjectivas.

7. O caso das biografias da Assembleia da República foram tão mal explicadas, mas tão mal, que é consensual entre todos os que se pronunciaram acerca da dita entrevista, que esse foi o pior ponto de José Socrates.
Eu diria que o foi porque deu para perceber, e haja coragem para o afirmar, que o Senhor estava a mentir a este respeito.

8. Estranho que ninguém tenha ainda apurado qual era a remuneração que José Socrates auferia na CM Covilhã entre 1982 e 1987, e qual a categoria profissional pelo qual o fazia; seria Engenheiro Técnico ou Engenheiro Civil?


Bom dia.
Assisti, incrédulo, às declarações prestadas pelo ex-Engenheiro José Sócrates, ainda Primeiro-Ministro da República da Libéria (perdão, de Portugal). E logo me ocorreram os versos do grande António Aleixo:
«Para a mentira ser segura,
E ter profundidade,
Tem de trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade».

Vejamos porquê.

1. Em qualquer Universidade digna desse nome, as equivalências a cadeiras feitas noutras instituições de ensino superior (público ou privado)apenas são concedidas mediante requerimento instruído com certidão de aprovação nas mesmas,com os respectivos programas e cargas horárias. Trata-se de actuar de acordo com a lei, cuja ignorância não pode ser invocada pelo ex-Eng. José Sócrates ou pelo Prof. Luís Arouca (cfr. art.º 6.º do Código Civil português).
2. Dizer que só apresentou o certificado de habilitações do ISEL em Julho de 1996 - quando as equivalências lhe haviam sido concedidas pela UNI (ou pelo «seu» Reitor)em Setembro de 1995 - porque os «malandros» dos Professores daquele Instituto só então publicaram as notas referentes às disciplinas frquequentadas por José Sócrates no ano lectivo de 1994/1995 é algo que não lembraria a Belzebu:
a)- se assim tivesse sido, esses Professores «malandros» (ou, para o Governo de que ele é Chefe, simplesmente «Professores», porque todos são malandros por natureza...)deviam ter sido alvo de processo disciplinar, uma vez que não teriam cumprido os seus deveres funcionais;
b)- se é «normal» verificar-se tal atraso no lançamento das notas (Sócrates dixit, será que os alunos que frequentaram o último ano da Licenciatura no ISEL em 2005/2006 apenas terão as notas lançadas lá para Julho deste ano (com todos os prejuízos que daí advirão)?
c)- se isso é «normal», então José Sócrates não poderá deixar de qualificar como tal, também, o facto de um dos grandes arautos do «seu» (hoc sensu) Governo, VITAL MOREIRA - Professor da Faculdade de Direito de Coimbra - se ter limitado a dar meia dúzia de aulas entre Outubro e Dezembro de 2006 (vejam-se as folhas de presenças existentes na Faculdade, se, entretanto, não forem para o Maneta...), de não fazer sumários das (poucas) aulas durante anos a fio (veja-se, para os dois últimos anos, a página da Faculdade na internet - www.fd.uc.pt, na Web on campus)e de faltar sistematicamente e sem qualquer justificação às reuniões do Conselho Científico da Faculdade (vejam-se as respectivas actas, das quais consta a lista dos membros presentes e a dos que justificaram a sua ausência... Sendo certo, aliás que nos dias em que esse ex-grande defensor da classe operária (entretanto convertido do «Das Kapital» ao «Dás capital?», como o atestam os múltiplos cargos que ocupa, com destaque para o lugar da capitalista EDP, sem esquecer os parecers para o Governo e a sua reforma como político) faltou às aulas e às mencionadas reuniões não deixou de largar postas de pescada no «seu» (hoc sensu) blog, «causa nossa» (ou seja, a causa de sacar o mais que se pode, forrando-se ao trabalho, como o «verdadeiro cavalheiro de indústria» de que falava o grande Camilo Castelo Branco). Tudo isso impunemente, o que leva os alunos a interrogarem-se acerca do «estatuto de que goza Vital Moreira na Faculdade»...
3. O grande problema de provar as habilitações eventualmente obtidas por José Sócrates na UNI reside na impossibilidade de confrontar a certidão de Licenciatura (concluída, e não passada, ao Domingo...)com os documentos de suporte (livros de termo e de verbetes, bem como as pautas), que, ILEGALMENTE, terão ido para o Maneta (Arouca dixit). Em qualquer Universidade digna desse nome e cumpridora das disposições legais em vigor é fácil dissipar dúvidas sobre a eventual falsificação do diploma e/ou do certificado de habilitações, porque existem em arquivo os documentos que servem de base à sua emissão; não é, verdade, aliás, que seja José Sócrates o único a ter de provar as suas habilitações, porquanto isso é exigido a todos quantos invoquem a sua titularidade...
4. Relativamente às falsas qualificações (Engenheiro e Licenciado em Engenharia) constantes da Biografia dos Deputados na Legislatura de 1991-1995, diz José Sócrates que era um simples e «obscuro» (nisto foi sincero...)deputado e que se tratou de um erro dos serviços. Temos de convir que, apesar de tudo, foi mais digna (ou, talvez melhor, menos indigna) a atitude do então «controleiro» da bancada parlamentar do PSD, Adérito de Campos, que fez constar dessa mesma Biografia, como habilitações académicas, «Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Coimbra», que nunca chegara a concluir (mais um «Dr. NUNCA»...) e que, uma vez desmascarada a farsa pelo semanário «O Independente» (com a preciosa ajuda de um grande Amigo meu, reconheceu não ser, afinal, Licenciado, tendo sido excluído para sempre das listas de candidatos a deputados daquele partido...
5. Já agora, por falar em «Dr. NUNCA» (ou «Eng. NUNCA»), Hermínio Loureiro não será mais um deles? Passou a ser tratado por Dr. pelos presidentes de clubes de futebol e por jornalistas quando se candidatou a Presidente da Liga e nunca se desmanchou, sendo certo que ainda há pouco tempo não tinha mais do que o 8.º ou 9.º ano de escolaridade e andava a vender seguros (sem menoscabo para os profissionais deste sector). E não deve ser o único.
Prometo estar atento e vigilante.



Estranho que ainda ninguém tenha comentado, ou sequer referido, esta informação que vem no blog Briteiros :
Apanhado com a mão na massa
Pela boca morre o peixe.
Vejam o que consta nas NOTAS BIOGRÁFICAS da Declaração de Candidatura de José Sócrates a Secretário Geral do PS em 2004:

Licenciado em Engenharia Civil, concluiu depois uma pós-graduação em Engenharia Sanitária, na Escola Nacional de Saúde Pública.
Entre 1981 e 1987 exerceu a sua actividade profissional como Engenheiro Civil, na Câmara Municipal da Covilhã.

http://web.archive.org/web/20040810135127/www.josesocrates.com/default.aspx?sid=4

O resto da conversa está no link que fica aqui abaixo. Arroga-se de ter sido Engenheiro Civil na Câmara da Covilhã quando reconheceu que só se licenciou em 1996. Não será já caso de polícia? E verificar as folhas de vencimento da Câmara da Covilhã para ver se bate certo?

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